A plataforma recém-adquirida pelo Grupo Equatorial para gestão de distribuição e otimização do controle das redes deve diminuir o tempo de atendimento nas distribuidoras e também o período, em média, que cada unidade consumidora fica sem energia, indicador conhecido como DEC.

A previsão é do diretor de clientes, inovação e serviços do Grupo Equatorial (BOV:EQTL3), Maurício Velloso, que lidera a implantação do sistema, além de outras iniciativas que visam a melhoria da experiência do cliente da companhia. “Temos a expectativa que ele vai agregar muito na redução do DEC da nossa operação”, disse ao Broadcast Energia.

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A expectativa está ancorada no Sistema de Gerenciamento Avançado na Distribuição (ADMS, na sigla em inglês), solução desenvolvida pela Schneider. Com investimento de R$ 172 milhões, a plataforma começou sua implantação em Alagoas, mas a previsão é chegar a todas as sete concessionárias até 2026.

“O ADMS consegue fazer uma gestão muito mais moderna e muito automatizada. Ele tem por trás inteligência artificial, machine learning. Tudo isso está incutido na ferramenta, que permite você buscar e acelerar o processo de recomposição de um sistema automaticamente”, comentou o executivo.

A implantação representa 21% do investimento em inovação do Grupo em cinco anos e faz parte de um conjunto de medidas que busca dar mais eficiência às operações do grupo diante de um contexto de eventos climáticos extremos mais frequentes, que afetaram, por exemplo, a concessão do Rio Grande do Sul.

Segundo Velloso, em cerca de dois meses, já será possível ver os avanços operacionais por conta do sistema considerando a experiência de Alagoas. O executivo pondera que não será um diagnóstico definitivo. “O ADMS traz ganhos no processo e outros maiores ainda no futuro quando, por exemplo, ativarmos todas as funcionalidades da ferramenta, que ainda estão por vir”, concluiu.

Impacto da tarifa e outras iniciativas

Questionado sobre os impactos dos investimentos na conta de luz, o executivo afirmou que os aportes em transformação digital são considerados “capex não elegível” e, portanto, não devem se refletir na tarifa.

Ele disse ainda que a empresa tem usado do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para realizar outras iniciativas voltadas à inovação. Só em 2024, o investimento da companhia por meio do programa foi de R$ 95 milhões, com um retorno financeiro de R$ 45 milhões.

Uma delas é o projeto de Gerenciamento de Perdas via Satélite (GPS), que usa inteligência artificial e imagens de satélite para mapear possíveis focos de perdas. Com aporte de R$ 7,7 milhões, e em andamento desde 2023, a medida ajudou a Equatorial Maranhão a identificar mais de 14 mil possíveis ligações clandestinas no estado. O volume é maior que a média total mapeada em um ano pelas equipes de campo.

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