SÃO PAULO - O Bank of America Merrill Lynch revisou suas estimativas ao setor industrial brasileiro, rebaixando a recomendação aos ativos da Tegma (TGMA3) de compra para neutra. Segundo os analistas Renato Mimica e Sara Delfim, o corte reflete a recente performance acima da média do setor auferida pelos ativos da companhia, que possuem agora um potencial de valorização mais limitado.
Mesmo assim, a equipe do BofA destaca que a Tegma segue como uma boa alternativa para os portfólios defensivos, visto que a empresa possui "fortes dividend yields" (projetado a 6% em 2011, de aco...
SÃO PAULO - O Bank of America Merrill Lynch revisou suas estimativas ao setor industrial brasileiro, rebaixando a recomendação aos ativos da Tegma (TGMA3) de compra para neutra. Segundo os analistas Renato Mimica e Sara Delfim, o corte reflete a recente performance acima da média do setor auferida pelos ativos da companhia, que possuem agora um potencial de valorização mais limitado.
Mesmo assim, a equipe do BofA destaca que a Tegma segue como uma boa alternativa para os portfólios defensivos, visto que a empresa possui "fortes dividend yields" (projetado a 6% em 2011, de acordo com o banco). "No curto prazo, nós pensamos que os principais catalisadores para a ação virão dos resultados do terceiro trimestre de 2010, que devem mostrar melhora nas margens operacionais. No entanto, o mercado já está precificando isso, em nossa visão", dizem os analistas.
Apesar de ter rebaixado sua recomendação aos ativos da Tegma, o banco norte-americano elevou o preço-alvo de R$ 20,00 para R$ 24,00 em 2011 para a companhia.
Iochpe: a top pick
Outra empresa apontada pelo BofA é a Iochpe Maxion (MYPK3). Mostrando-se otimista em relação às ações do setor industrial brasileiro, em especial àquelas mais expostas a forte demanda por veículos comerciais, o banco destacou que a companhia segue como sua top pick no segmento.
"Estamos elevando nosso preço-alvo para a Iochpe de R$ 26,00 para R$ 29,00", afirmam os analistas, que incorporaram, entre outras coisas, as projeções de forte resultado no terceiro trimestre deste ano. "Acreditamos que a companhia irá surpreender o mercado positivamente mais uma vez, postando uma expansão no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 183%, com ganhos por ação de R$ 0,57", destacou o BofA.
Randon e Marcopolo
Também beneficiando-se do cenário positivo ao setor, o BofA manteve suas recomendações de compra aos ativos da Randon (RAPT4) e da Marcopolo (POMO4). Os targets para estas companhias, porém, foram elevados. No caso da primeira, o preço-alvo passou de R$ 15,00 para R$ 17,00, enquanto que para a segunda a cifra foi de R$ 6,80 para R$ 7,50.
Para a Randon, os analistas destacam que a alteração no target reflete, entre outras coisas, as receitas de R$ 984 milhões entre julho e setembro deste ano, acima do esperado pelo BofA e 66% maiores que o resultado do ano passado. Os dados foram divulgados na prévia de resultados da companhia. O banco espera que os lucros por ação da Randon fiquem em R$ 0,28 no 3T10.
Já para a Marcopolo, a equipe do BofA avalia que a revisão para cima no preço-alvo reflete as projeções ligeiramente melhores para as receitas da companhia. Os analistas apontam ainda que estimam um ganho por ação de R$ 0,11 para a empresa no terceiro trimestre, "dependendo da performance dos resultados líquidos".
WEG: perspectiva neutra
Em relação à WEG (WEGE3), o BofA manteve sua recomendação neutra aos ativos da companhia, aumentando seu preço-alvo de R$ 19,00 para R$ 23,00. Mesmo destacando que não espera por grandes melhoras nas vendas e no Ebitda da empresa ao longo dos próximos trimestres, o banco avalia que a WEG está sendo negociada a níveis históricos, com um prêmio sobre as outras empresas do setor industrial brasileiro.
"Nós esperamos que uma integração positiva dos ativos internacionais e margens ainda menores marquem os resultados da companhia no terceiro trimestre deste ano", concluíram os analistas do BofA.
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