A variação de 0,1% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de maio para junho de 2019, na série com ajuste sazonal, foi influenciada pela estabilidade registrada no patamar de vendas das duas atividades de maior peso no varejo: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,0%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%). Entre as demais atividades, houve predominância de taxas negativas, que alcançaram quatro delas: Combustíveis e lubrificantes (-1,4%), Móveis e eletrodomésticos (-1,0%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,8%). Por outro lado, Tecidos, vestuário e calçados (1,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%) apresentaram avanço nas vendas frente a maio de 2019.

Considerando o comércio varejista ampliado, o volume de vendas, em junho, ficou estável frente a maio de 2019 (0,0%), série com ajuste sazonal. Para essa mesma comparação, Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 3,6%, enquanto Material de construção assinalou queda de 1,2%, ambos, respectivamente, após recuos de -0,4% e -2,8% registrados no mês anterior.

Frente a igual mês do ano anterior, o comércio varejista mostrou recuo 0,3% em junho de 2019, após avanço de 1,0% em maio. Vale citar o efeito calendário pressionando negativamente os resultados de junho, na medida que junho de 2019 (19 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (21dias). Entre as atividades, houve predominância de taxas negativas que atingiram cinco das oito pesquisadas, com o destaque, em temos de composição da taxa, para segmento de Móveis e eletrodomésticos (-6,5%) que exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global, seguido por Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,8%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-26,2%). Por outro lado, entre os setores que mostraram aumento nas vendas frente a junho de 2018, o destaque foi para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,0%), seguido por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (0,5%). Com avanço de 1,7%, frente a junho de 2018, o comércio varejista ampliado refletiu, principalmente, a contribuição vinda do desempenho de Veículos, motos, partes e peças (10,0%), seguido por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,0%), enquanto Material de construção, ao recuar 3,6%, pressionou negativamente o resultado geral do varejo ampliado.

Em bases trimestrais, o comércio varejista, ao avançar 0,9% no 2º trimestre de 2019, registrou a nona taxa positiva seguida, com ganho de ritmo em relação ao 1º trimestre do ano (0,3%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. O ganho de ritmo na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2019 foi influenciado pelo desempenho de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo que registrou queda de 0,9% no 1ºtrimestre do ano e avanço de 0,3% no 2º trimestre e em Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 4,1% para 4,7%). No comércio varejista ampliado, também foi observado avanço entre o primeiro e o segundo trimestre de 2019 (de 2,3% para 4,0%) com ganhos de ritmo observados tanto em Veículos, motos, partes e peças (de 8,2% para 13,6%), quanto em Material de construção (de 3,6% para 4,0%).

No índice acumulado para janeiro-junho de 2019, frente a igual período do ano anterior, o volume do comércio varejista mostrou variação de 0,6%, com resultados negativos atingindo seis das oito atividades investigadas. Com aumento nas vendas nos seis primeiros meses do ano de 2019, figuram somente os segmentos de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,2%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,4%), que respondem pelos principais impactos no resultado do primeiro semestre do ano de 2019. O comércio varejista ampliado registrou avanço de 3,2%, influenciado, principalmente, pelo desempenho de Veículos, motos, partes e peças (11,0%), enquanto o segmento de Material de Construção assinalou taxa acumulada de 3,8% entre janeiro e junho de 2019, ambas comparações contra iguais períodos de 2018.

A evolução semestral sinaliza desaceleração no volume de vendas, com o resultado para o 1º semestre de 2019 (0,6%) registrando a quarta comparação semestral positiva consecutiva, porém mostrando clara perda de ritmo quando comparado aos semestres anteriores: 2ºsemestre de 2017 (4,2%), 1ºsemestre de 2018 ( 2,9%) e 2ºsemestre de 2018 (1,7%). A redução na intensidade do crescimento das vendas do comércio varejista pode ser evidenciada na comparação do 2ºsemestre de 2018 (1,7%) com o 1ºsemestre de 2019 (0,6%), ambas contra iguais períodos do ano anterior. A perda de ritmo foi observada na maioria das atividades, alcançando cinco das oito atividades, com destaque para os setores de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que após avanço de 2,3% no 2ºsemestre de 2018 e recuou 0,3% no 1ºsemestre de 2019 e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 7,4% para 4,4%). Por outro lado, apresentando significativa redução na magnitude de queda em relação ao semestre anterior destacam-se, principalmente Combustíveis e lubrificantes (de -3,9% para -0,1%) e Móveis e eletrodomésticos (de -2,9% para -1,1%). Para o comércio varejista ampliado, também foi observada redução de ritmo entre o 2º semestre de 2018 e o 1ºsemestre de 2019 (de 4,2% para 3,2%), influenciada, principalmente, pelo desempenho de Veículos, motos, partes e peças que avança no 1ºsemestre de 2019 com taxa de menor magnitude em relação ao 2ºsemestre de 2018 (de 13,8% para 11,0%), enquanto Material de construção faz movimento inverso, mostrando ganho de ritmo nessa comparação (de 2,3% para 3,8%).