Ganhos no trimestre vem de ajuste contábil avalia Concórdia

A equipe de analistas da corretora Concórdia, formada por Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio, fez uma análise do resultado do segundo trimestre de 2015 (2T15).

A receita de serviços no Brasil mostrou retração de -3,3%, influenciada por VU-M e queda das UGRs – Unidades Geradoras de Receita –, além do efeito da deterioração da atividade sobre o segmento Corpotativo/PMEs. Em residencial, o menor número de acessos e redução regulatória de tarifas refletiu, negativamente, sobre a receita líquida do segmento, que só não foi mais pressionada por conta da representativa expansão da base de TV paga (+33,5%) e avanço do ARPU (+6,2%). Na mobilidade pessoal, VU-M e limpeza na base pré-paga também refletiram em redução de receita e UGRs. Pelo lado favorável, queda dos gastos com pessoal, interconexão e MKT, influenciaram na queda dos custos e despesas operacionais e contribuíram para expansão do Ebitda de rotina. No entanto, maior reconhecimento em depreciação e despesas financeiras, na comparação com o 2T14, afetaram o resultado líquido das operações continuadas. Contudo, a companhia encerrou o segundo trimestre com ganho na linha final de R$ 620,0 milhões, decorrente de ajuste contábil referente à venda da PT Portugal à Altice, concluída neste 2T15, e reconhecida em operações descontinuadas. Seguimos enxergando com bons olhos os esforços voltados para melhoria operacional e de governança corporativa, mas sua elevada alavancagem e contexto mercadológico ainda mais desafiador – diante da economia enfraquecida -, nos levam a manter a preferência por outros ativos no setor.