• A Atom (BOV:ATOM3) pretende reformar o estatuto social da companhia para excluir a expressão do termo em recuperação judicial do nome empresarial e contemplar um novo objeto social. Com relação a deliberação de mudança de seu objeto social, os acionistas dissidentes terão o direito de retirar-se da companhia, entretanto, não receberão qualquer valor a título de reembolso tendo em vista que o atual do patrimônio líquido da companhia é negativo.
• O banco central dos EUA aumentou a taxa básica de juros do país em 25 pontos-base, no entanto, reduziu a expectativa de aumentos futuros, fazendo os mercado mundiais, inclusive o brasileiro registrar fortes ganhos. O índice Ibovespa fechou o dia em alta de 2,3%.
• A fusão entre BM&FBovespa (BOV:BVMF3) e Cetip (BOV:CTIP3) é o único ato de concentração da pauta de julgamentos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da próxima semana. A informação está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 16. A conselheira Cristiane Alkmin é a relatora do caso. A sessão está marcada para quarta-feira, dia 22, com início às 10h. Nesse dia, o tribunal do Cade ainda vai analisar um requerimento. A deliberação sobre o ato entre Bolsa e Cetip ocorrerá 270 dias depois de sua notificação ao Cade e, como a Coluna do Broad informou, a expectativa é de aprovação, que deve vir com alguns remédios, como a abertura de serviços para terceiros, de forma que a operação não crie novas barreiras à chegada de concorrentes no Brasil.
• A Justiça Federal em Brasília rejeitou o pedido de absolvição sumária apresentado pelo presidente do Bradesco (BOV:BBDC4), Luiz Carlos Trabuco, e agendou para o dia 20 de abril o início das audiências de instrução e julgamento dele e de mais nove pessoas, incluindo executivos do banco, em uma ação penal na qual são acusados de envolvimento em esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – investigado na Operação Zelotes.
• A BR Malls (BOV:BRML3) registrou lucro consolidado de R$ 215,41 milhões em 2016, crescimento de 225,6% no ano.
• A Braskem (BOV:BRKM5) assinou contrato para aquisição de etanol hidratado das usinas Conquista do Pontal (UCP) e Agro Energia Santa Luzia (USL), tendo a Odebrecht Agroindustrial Participações e a Rio Claro Agroindustrial como garantidoras, segundo comunicado da petroquímica à CVM.
• O Itaú BBA cortou a recomendação de Gafisa (BOV:GFSA3), Cyrela (BOV:CYRE3) e EZTec (BOV:EZTC3) e elevou da Direcional (BOV:DIRR3). “Ainda vemos o setor como uma opção cíclica interessante para atuar na potencial recuperação macro do Brasil, mas uma recuperação significativa do ROE já está precificada em algumas destas ações”, destacaram os analistas do Itaú BBA Enrico Trotta, Alex Ferraz e Pablo Ordóñez.
• A Estácio (BOV:ESTC3) registrou lucro consolidado de R$ 368,10 milhões em 2016, queda de 16,4% no ano.
• Foi decretado o encerramento do processo de recuperação judicial da Mangels (BOV:MGEL4) a pedido administradora judicial da companhia.
• A OSX (BOV:OSXB3) informou sobre a decretação da falência de uma subsidiaria holandesa sob gestão de seus credores. A companhia não vislumbra impactos operacionais e contábeis relevantes em relação ao caso.
• A Par Corretora (BOV:PARC3), que mudou de marca e agora se chama Wiz, informou receita bruta anual de R$450,9 milhões, um aumento de 14,9% em relação ao ano de 2015. O lucro líquido da Companhia atingiu R$ 148,2 milhões em 2016, crescendo 13,9% na comparação com ano anterior.
• A Petrobras (BOV:PETR4) informa que o Tribunal de Contas da União (TCU) revogou a medida cautelar que impedia a companhia de iniciar novos projetos de desinvestimento e concluir os que se encontravam em andamento. A Petrobras, no entanto, precisa adotar uma sistemática revisada para a venda de ativos. A decisão permite que a Petrobras conclua a venda de participação nos campos de Baúna e Tartaruga Verde e de participação no Campo de Saint Malo no Golfo do México norte-americano. A companhia entende que a decisão do TCU é fundamental para seguir em frente com seu plano de parcerias e desinvestimentos, considerado um dos principais pilares para alcance da meta de redução da alavancagem e reafirma a manutenção da sua meta de parcerias e desinvestimentos estabelecida no Plano Estratégico de US$ 21 bilhões para o biênio 2017/2018.
• A QGEP (BOV:QGEP3) registrou lucro consolidado de R$ 152,89 milhões em 2016, crescimento de 63,3% no ano.
• A Rumo (BOV:RAIL3) teve a cobertura iniciada pelo UBS com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11,80.
• A SLC Agrícola (BOV:SLCE3) lançou um programa de recompra de até 5,34% de suas ações em circulação no mercado, com o objetivo de maximizar a geração de valor para o acionista. As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria para cancelamento.
• A Taesa (BOV:TAEE11) foi rebaixada de neutra para underweight pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 23,00.
• A AES Tietê (BOV:TIET11) aprovou a realização da sexta emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 1 bilhão.
• A Vale (BOV:VALE5) está prestes a concluir uma transação com a Mitsui relacionada ao desinvestimento de parte da participação na mina de carvão de Moatize e no Corredor Logístico de Nacala. A companhia espera receber em torno de US$ 770 milhões após a conclusão da transação e até US$ 2,7 bilhões após na finalização da operação.
Bolsas mundiais
Os mercados europeus e asiáticos, que encerraram as negociações antes do Fomc da véspera, repercutem com alta a decisão da autoridade monetária. O índice acionário de Xangai atingiu a máxima de 14 semanas nesta quinta-feira diante da melhora do apetite por risco após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, elevar os juros mas reduzir as expectativas de um aperto monetário mais agressivo no futuro. Além disso, nesta quinta-feira o banco central da China elevou os juros de curto prazo, movimento que os economistas avaliam como uma tentativa de conter as saídas de capital e manter o iuan estável após a alta dos juros nos EUA.
Já o banco central do Japão deixou a política monetária inalterada nesta quinta-feira e manteve a visão cautelosamente otimista sobre a economia, sinalizando que nenhuma expansão do estímulo monetária acontecerá no futuro próximo.
Na Europa, além do Fomc, destaque para o alívio no continente com o resultado da eleição na Holanda. O Partido Popular Liberal e Democrata do primeiro-ministro Mark Rutte ganhou as eleições parlamentares na Holanda, que definirão o chefe do governo, segundo resultados preliminares. Em segundo lugar ficou o candidato de ultradireita Geert Wilders, do Partido pela Liberdade, de acordo com os números apurados até a madrugada de hoje. A vitória de Rutte foi bem recebida pela União Europeia (UE), que manifestava preocupação com a possibilidade de uma vitória de Wilders, que propõe que a Holanda abandone o bloco e sua moeda comum, o euro. Ainda no continente, a Rainha Elizabeth deu a aprovação formal para o Brexit, horas antes da decisão do Bank of England.
No mercado de commodities, o petróleo tem 2ª alta com queda de estoques nos EUA; minério de ferro sustenta rali em Dalian com otimismo contínuo sobre demanda; metais em Londres avançam após o Fomc.
Desempenho dos principais índices:
Ibovespa (Brasil) -0,26%
Dow Jones (Estados Unidos) +0,09%
Nasdaq Composite (Estados Unidos) +0,12%
Sse Composite Index (China) +0,84%
FTSE 100 (Reino Unido) +0,57%
DAX Index (Alemanha) +0,60%
Cac 40 (Reino Unido) +0,6%
Nikkei 225 (Japão) +0,07%
Commodities:
Ouro +0,73%
Prata +0,23%
Cobre +0,52%
Petróleo +0,45%
Petróleo Brent Crude -0,48%
Um pouco de política
O mercado digere neste pregão a manutenção do rating do Brasil em “Ba2” pela agência de classificação de risco Moody’s e a elevação da perspectiva de negativa para estável. A informação divulgada nesta quarta-feira logo após o fechamento dos mercados. A agência citou melhora da economia, com queda da inflação e evolução do quadro político como motivos para perspectivas melhores. “Nos últimos seis meses, os riscos de deterioração do rating Ba2 do Brasil foram reduzidos e as condições macroeconômicas do país se estabilizaram – uma recuperação incipiente do crescimento econômico é esperada em 2017 e a inflação está caindo mais rapidamente que o esperado”, afirmou a Moody’s em comunicado.
Por outro lado, o mercado também deve repercutir a derrota do governo sobre PIS/Cofins no STF, que pode custar mais de R$ 20 bi por ano, dificultando o ajuste. O Ministério da Fazenda informou, por meio de nota, que apresentará um recurso para que a decisão só valha a partir de 2018. “Somente com a apreciação dos embargos de declaração pelo Plenário do STF é que se poderá dimensionar o eventual impacto dessa decisão”, diz a nota. A Fazenda disse que pedirá a modulação de efeitos da decisão do Supremo após a publicação do acórdão, que é quando a decisão do julgamento do Supremo é oficializada. Vale destacar que, de acordo com Estadão, a elevação de PIS e Cofins sobre a gasolina e diesel é a alternativa de alta de tributo considerada mais viável pela área técnica do governo para ajudar no cumprimento da meta fiscal deste ano. A medida pode garantir uma arrecadação extra de R$ 3 bilhões em 2017.
Ainda no radar do mercado, os aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza serão concedidos hoje (16) à iniciativa privada, em leilão realizado na BM&FBovespa. Os vencedores serão as empresas ou consórcios que oferecerem o maior valor de outorga. Um mesmo grupo econômico poderá vencer a disputa por mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região geográfica, e os concessionários atuais poderão participar da disputa. Os quatro terminais respondem por 11,6% dos passageiros que circulam no país, por 12,6% das cargas e por 8,6% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro. O governo espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões em outorgas com a concessão dos aeroportos, e a previsão é de que sejam investidos R$ 6, 613 bilhões nos quatro terminais. Nesta rodada, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não será sócia dos aeroportos.
Os protestos contra a reforma da Previdência proposta pelo governo do presidente Michel Temer levaram milhares de pessoas às ruas nesta quarta-feira, 15. A interrupção de serviços de transporte público e o bloqueio de vias causaram congestionamentos em várias cidades brasileiras. Escolas também fecharam as portas. Para defender a necessidade da mudança nas regras de concessão dos benefícios, o presidente Michel Temer avalia a possibilidade de gravar um pronunciamento para explicar a reforma da Previdência. O pedido foi encaminhado a ele por deputados da base aliada, que pedem ao governo para arcar com o ônus da reforma. Os parlamentares estão sendo pressionados por corporações para que se posicionem contra as mudanças na concessão dos benefícios e querem que Temer vá à TV para explicar o que está em jogo. Por enquanto, porém, Temer decidiu apenas divulgar vídeos com a defesa da reforma da Previdência nas redes sociais. Para o governo, as manifestações e greves contra a reforma da Previdência já estavam sendo esperadas e já estão contabilizadas. Ainda no radar do Planalto está ainda outra mobilização marcada para o dia 26 de março. Desta vez, o ato não será contra as reformas, mas em defesa da Lava Jato e contra a corrupção e a impunidade. O governo quer tentar evitar que este protesto se transforme em um novo “Fora, Temer”.
Destaque ainda para os novos nomes revelados da lista de Janot. Dentre os nomes, está o nome de mais um ministro, o sexto revelado: trata-se de Marcos Pereira, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Confira a lista clicando aqui.
Agenda de indicadores
O destaque doméstico é o leilão tradicional de LTN e NTN-F que o Tesouro Nacional realiza às 11h. O BC anuncia a retomada dos leilões de rolagem de swap, com oferta de 10 mil contratos para rolagem do vencimento de abril, nesta 5ª-feira, das 11h30 às 11h40. No exterior, serão conhecidos os números dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, às 9h30. No mesmo horário, também saem a sondagem industrial do Fed da Filadélfia referente a março e as novas construções residenciais relativas a fevereiro.
Na Europa, o destaque é a decisão de política monetária do BoE (Bank of England), que sai às 9h. Mais cedo, às 7h, saíram os dados de fevereiro da inflação ao consumidor da zona do euro medida pelo CPI.