As
Indústrias Romi (
BOV:ROMI3) registrou um lucro líquido de R$ 40,8 milhões no
primeiro trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a uma queda de 53,2% sobre o lucro líquido de R$ 87,3 milhões apurado no mesmo trimestre de 2019.
A empresa teve
receita líquida no
1T20 de R$ 165,9 milhões com alta de 37,4% sobre os R$ 120,7 milhões de um ano antes.
A
despesa operacional foi de de R$ 43,7 milhões e teve uma queda de 57,5% do resultado financeiro (R$ 26 milhões) com aumento de 21% nos custos dos produtos e serviços.
A Romi registrou lucro operacional de R$ 4,7 milhões no primeiro trimestre de 2020, em queda de 91,6% sobre os R$ 56,4 milhões do mesmo período do ano anterior.
A entrada de pedidos de máquinas e peças no primeiro trimestre da Romi registrou crescimento de 32,7% na comparação com o mesmo período de 2019, mesmo com a queda de 37,3% nos pedidos de máquinas da subsidiária alemã Burkhardt+Weber.
A entrada de pedidos de máquinas da Romi no Brasil cresceu 21,8% na base anual, para R$ 87,6 milhões, com concentração das encomendas em janeiro e fevereiro, antes da crise de saúde gerada pelo novo coronavírus (covid-19) se intensificar por aqui. A unidade de fundidos e usinados apresentou um crescimento na entrada de pedidos de 114,7%, para R$ 79,6 milhões, quando comparada ao primeiro trimestre de 2019, demonstrando a recuperação das peças fundidas de grande porte para o segmento de energia, diz a empresa.
A unidade alemã passou de R$ 32,2 milhões em novos pedidos no primeiro trimestre de 2019 para R$ 20,2 milhões em 2020, refletindo, de acordo com a empresa, o desaquecimento da economia global e os impactos da covid-19 na Europa. Apesar disso, a subsidiária registrou avanço de 120% na receita, para R$ 36,7 milhões, devido a uma carteira bastante robusta de pedidos feitos no fim do ano passado para equipamentos a serem entregues ao longo de 2020.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (
Ebitda) atingiu R$ 13,2 milhões no primeiro trimestre de 2020, um recuo de 79,5% sobre o resultado de R$ 64,7 milhões no primeiro trimestre de 2019.
A empresa destacou ainda que a valorização do dólar ante o real nos últimos meses tem impactos negativos, mas também bastante positivos para suas operações. Cerca de 35% dos insumos são importados, no entanto há uma maior margem de lucro nas exportações, que são cerca de US$ 20 milhões do faturamento do ano. Além disso, no mercado interno o real mais desvalorizado deixa os produtos da Romi mais competitivos, argumenta a companhia.
Efeito Coronavírus
As operações da empresa ficaram totalmente suspensas de 30 de março a 21 de abril no Brasil, mas já foram totalmente retomadas com medidas adicionais de segurança. A empresa diz que a suspensão temporária não representou impactos relevantes aos resultados do primeiro trimestre.
Em relação à liquidez para lidar com a crise, a Romi informa que foram captados cerca de R$ 88 milhões em linhas de financiamento, sendo R$ 85,2 milhões denominados em real. O custo efetivo dessas captações em reais ficou entre CDI + 3,19% ao ano e CDI + 4,65% ao ano, sendo o prazo para pagamento de um ano. De acordo com a empresa, esse montante levantado corresponderia a oito meses de custos fixos.
Os resultados das Indústrias Romi referente a suas operações do primeiro trimestre de 2020, foram divulgados no dia 28/04.
+ Confira o calendário de divulgação de resultados do 1T20 das empresas listadas na Bolsa de Valores.
Nas últimas 52 semanas o papel oscilou entre a mínima de R$ 7,01 e R$ 17,53 na máxima. Em 2020, a empresa desvalorizou 43,30%.
Desconsiderando amortizações, a empresa pagou R$ 1,15 em
dividendos no valor bruto dos proventos com DATA COM entre 29/04/2019 e 29/04/2020 com
Dividend Yield de 11,56%.