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Natura define preço de oferta follow-on nesta quinta; Emissão é positiva, diz Moody's

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A emissão de ações da Natura &Co é positiva para o perfil de crédito da empresa e de sua subsidiária Avon, segundo a agência de classificação de risco Moody’s.

A Natura (BOV:NTCO3) vai definir nesta quinta-feira o preço de oferta follow-on após bookbuilding. A empresa vai emitir 121.400.000 ações ordinárias.

O objetivo da operação é acelerar o crescimento nos próximos três anos e otimizar a estrutura de capital, acelerando a desalavancagem. Sobre os planos de crescimento, a empresa destacou a integração e a recuperação da Avon, a digitalização dos negócios e oportunidades de expansão geográfica.

A operação é coordenada pelo Banco Morgan Stanley, pelo Bank of America Merrill Lynch, Banco Bradesco BBI, Citigroup Global Markets Brasil e Banco Itaú BBA.

Visão do mercado

Segundo a Moody’s, os recursos financiarão uma opção de compra das notes (tipos de títulos de dívida) de US$ 900 milhões da Avon com vencimento em 2022, reduzindo seus riscos de alavancagem e liquidez durante sua recuperação, e também podem ajudar e acelerar a estratégia de crescimento da Natura e a integração da Avon.

“A transação reduziria a alavancagem bruta ajustada da Avon de 11,8 vezes para 6,2 vezes nos 12 meses terminados em junho de 2020, e a alavancagem bruta da Natura &Co de 6,15 vezes para 4,4 vezes, enquanto melhoraria o cronograma de amortização de dívida”, diz a Moody’s.

O resgate dos notes da Avon reduzirá a exposição do grupo à dívida denominada em dólares, que é cerca de 50% da dívida total da Natura.

Antes de incorporar a Avon, a Natura, lembra a agência, tinha uma alavancagem bruta de 3,15 vezes. A aquisição adicionou cerca de US$ 1,8 bilhão em dívida total ao balanço da Natura. “O fraco desempenho operacional da Avon, os custos de aquisição e a pandemia levaram a uma queda de 34% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Natura no primeiro semestre de 2020 ante mesmo período de 2019.”

A Moody’s argumenta que um perfil financeiro mais saudável para a Natura reduzirá os riscos de execução e liquidez para a Avon. “Incorporamos certo grau de apoio financeiro da Natura ao perfil de crédito da Avon, dada a relevância da empresa para o grupo e o comprovado histórico de disciplina financeira da Natura.”

A agência destaca que a Natura já forneceu uma linha de crédito rotativo de US$ 100 milhões para a Avon, disponível até 2022 e dos quais US$ 60 milhões permanecem não sacados. Esse recurso reduz os riscos associados à queima de caixa na Avon.

A Avon tinha US$ 286 milhões em caixa disponível no fim de junho de 2020, o que a Moody’s diz ser o suficiente para cobrir os vencimentos de dívidas de curto prazo de US$ 28 milhões. No entanto, a agência de classificação de risco ressalta que a empresa registrou uma queima de caixa de US$ 365 milhões no primeiro semestre de 2020 e ainda enfrenta riscos alto de execução.

“A Avon contribuiu com 47% da receita consolidada da Natura no segundo trimestre de 2020, e esperamos que essa participação aumente à medida que a Natura capte sinergias de receita e custos”, diz a Moody’s. A agência não tem rating atribuído à Natura &Co, mas atribui rating B1 à Avon, com perspectiva negativa.

(Com informações do Valor)

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