A Vale segue mantendo um diálogo “construtivo” com o estado de Minas Gerais e com instituições federais e estaduais de Justiça, visando a um possível acordo em benefício de todo o Estado e, especialmente, das populações de Brumadinho e dos municípios impactados da calha do rio Paraopeba.
O comunicado foi feito pela mineradora (BOV:VALE3) na noite desta sexta-feira (20). As negociações ocorrem no âmbito do Cejusc, órgão de mediação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Uma nova audiência está agendada para o dia 09 de dezembro de 2020.
No comunicado desta sexta, a mineradora afirmou: “os valores de um possível acordo deverão considerar diversos aspectos econômicos, inclusive alguns desembolsos em curso ou já incorridos. Por esse motivo, os valores mencionados até o momento são especulativos e não guardam relação direta com os pedidos dos autores das ações civis públicas”.
“As partes negociam o texto de um acordo que possa trazer governança adequada e segurança jurídica. Não existe, ainda, definição de valores para um eventual acordo”, destacou a mineradora no comunicado.
Segundo o secretário-geral do estado, Mateus Simões, a mineradora ofereceu uma valor de R$ 21 bilhões por danos sofridos pela economia. O estado pede R$ 26,7 bilhões, além de R$ 28 bilhões por danos morais.
Na audiência ocorrida no dia 17 de novembro ficou acordado que a Vale estenderá o pagamento emergencial até o mês de dezembro de 2020.
Lucro líquido de US$ 2,9 bilhões, alta de 75% no 3T20
A Vale fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de US$ 2,908 bilhões, uma alta de 75,8% na comparação com o ganho de US$ 1,654 bilhão em igual período do ano passado.
A receita líquida da mineradora ficou em US$ 10,762 bilhões entre julho e setembro, um crescimento de 5,33% frente aos US$ 10,217 bilhões do terceiro trimestre de 2019.