Confira os principais indicadores econômicos desta hoje, em destaque a economia da zona do euro se contraiu no primeiro trimestre de 2021, quando os países implementaram novos bloqueios e restrições em meio a uma terceira onda de infecções por coronavírus.
Brasil
- PNAD: desemprego fica estável em 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro
O número de desempregados no Brasil foi estimado em 14,4 milhões no trimestre encerrado em fevereiro, o maior contingente desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada hoje (30) pelo IBGE.
O resultado representa uma alta de 2,9%, ou de mais 400 mil pessoas desocupadas frente ao trimestre anterior (setembro a novembro de 2020), ocasião em que a desocupação foi estimada em 14,0 milhões de pessoas.
Mesmo assim, a taxa de desocupação ficou estável em 14,4% em relação ao trimestre anterior (14,1%), mas apresentou alta de 2,7 pontos percentuais na comparação com igual trimestre do ano passado, que foi estimada em 11,6%.
- Setor público consolidado obteve superávit primário de R$ 5,0 bilhões em março
O setor público consolidado obteve superávit primário de R$ 5,0 bilhões em março, ante déficit de R$ 23,7 bilhões em março de 2020. No governo central e nos governos regionais houve superávits de R$ 3,9 bilhões e R$ 1,1 bilhão, e nas empresas estatais, déficit de R$ 53,0 milhões.
O resultado primário do setor público consolidado no primeiro trimestre de 2021 foi superavitário em R$ 51,6 bilhões, ante superávit de R$ 11,7 bilhões no primeiro trimestre de 2020.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, atingiram R$ 49,5 bilhões em março de 2021, ante R$ 56,0 bilhões em março de 2020. No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$ 309,9 bilhões (4,11% do PIB), ante R$ 394,5 bilhões (5,27% do PIB) nos doze meses terminados em março de 2020.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 44,5 bilhões em março de 2021. No acumulado dos últimos doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 973,0 bilhões (12,89% do PIB), reduzindo-se em relação ao acumulado até fevereiro, R$ 1.008,2 bilhões (13,45% do PIB).
Estados Unidos
- Gastos do consumidor nos EUA se recuperou em março com um aumento na renda
Os gastos do consumidor nos Estados Unidos se recuperaram em março em meio a um aumento na renda, já que as famílias receberam dinheiro adicional para alívio da pandemia COVID-19 do governo, construindo uma base sólida para uma nova aceleração do consumo no segundo trimestre.
A renda pessoal aumentou 21,1%, após queda de 7,0% em fevereiro, economistas previam aumento de 4,1% nos gastos do consumidor e alta de 20,3% na renda.
- Inflação pelo PCE sobe 1,5% em março na base anual; núcleo avança 1,8%
O índice de preços de consumo pessoal nos EUA (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,5% em março contra fevereiro e 1,5% na base anual (contra o mesmo mês no ano anterior).
O núcleo do índice, excluindo alimentos e energia, teve altas de 0,4% e 1,8%, respectivamente, nas mesmas bases de comparação, ante expectativa de consenso de 0,3% e 1,8% de analista ouvidos pelo “The Wall Street Journal”.
Alemanha
- PIB da Alemanha diminuiu 1,7% no primeiro trimestre de 2021
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha diminuiu 1,7% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020, diante do recrudescimento de medidas para conter a disseminação do novo coronavírus, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira pela Destatis, como é conhecida a agência de estatísticas alemã.
O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam declínio de 1,5% no período.
Zona do Euro
- Economia da zona do euro se contrai no primeiro trimestre, com implemento de novos bloqueios
A economia da zona do euro se contraiu no primeiro trimestre de 2021, quando os países implementaram novos bloqueios e restrições em meio a uma terceira onda de infecções por coronavírus.
O produto interno bruto (PIB) da região caiu 0,6% em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados preliminares divulgados pelo escritório de estatísticas da Europa, Eurostat.
A maioria das maiores economias da região – Alemanha, Itália e Espanha – registrou queda na atividade durante os primeiros três meses do ano.
- Índice de preços ao consumidor
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1,6% em abril ante igual mês do ano passado, ganhando força ante o acréscimo anual de 1,3% observado em março, segundo dados preliminares da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
Apesar do avanço, a inflação de abril permanece abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%. Apenas o núcleo do CPI do bloco, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, registrou alta anual de 0,8% em abril, como esperado.
- Desemprego
A taxa de desemprego da zona do euro caiu de 8,2% em fevereiro para 8,1% em março, segundo dados com ajustes sazonais divulgados hoje. O resultado de março surpreendeu analistas que previam taxa de 8,3%.
O dado de fevereiro foi revisado para baixo, de 8,3% originalmente.