O Conselho de Administração da Cesp aprovou o início imediato da realização de testes para reduzir a vazão da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, até atingir 2.700 m³/s. A usina fica no Rio Paraná entre os municípios de Rosana (SP) e de Batayporã (MS), com 80% de seu lago no estado de Mato Grosso do Sul.
O comunicado feito pela empresa (BOV:CESP3) (BOV:CESP6), nesta segunda-feira (14). Confira o documento na íntegra.
“A diminuição se dará de forma controlada e monitorada e o processo deve ser mantido até a retomada do período das chuvas, no fim de outubro de 2021, salvo decisão distinta das autoridades federais”, destacou a Cesp.
Já em relação ao cenário hidrológico atual e possíveis impactos nos resultados da Cesp, a companhia informou que sua estratégia de gestão do balanço energético é pautada por um planejamento minucioso com gestão proativa e forte disciplina de execução da comercialização de energia, buscando gerar valor e mitigar o risco hidrológico (GSF).
“A piora do GSF teve como consequência o aumento da exposição da companhia, particularmente no segundo semestre de 2021.
Frente a este cenário, a Cesp aproveitou as janelas de oportunidade no mercado e comprou a energia necessária para o equacionamento, neste momento, do balanço energético deste ano, ao preço médio de R$ 232/MWh”, explicou em um comunicado ao mercado.
A empresa destacou que tem trabalhado para capturar oportunidades em vendas futuras de energia, principalmente a partir de 2024.
Lucro líquido de R$ 115,6 milhões, crescimento de 115%
A elétrica Cesp, controlada pela Votorantim Energia e pelo fundo canadense CPPIB, teve lucro líquido de R$ 115,6 milhões, 115% superior frente igual período do ano passado.
A receita líquida geradora de energia, fechou o trimestre em R$ 556,9 milhões, alta de 20,9% antes os três primeiros meses de 2020.
O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – teve alta de 44%, a R$ 445 milhões no primeiro trimestre. Já o Ebitda ajustado, que exclui provisão para litígios e baixa de depósitos, recuou 16%, para R$ 282 milhões, afetado pelo maior gasto com compra de energia, devido ao cenário hidrológico adverso.
Já a última linha do balanço foi beneficiada também pela reversão das contingências passivas prováveis.