A MRV concluiu a venda dos empreendimentos Mangonia Lake e Lake Osborne, localizados no sul da Flórida, EUA, pelo Valor Geral de Venda (VGV) de US$ 78,5 milhões, representando um recebimento líquido de US$ 37 milhões, com lucro bruto de US$ 17,8 milhões.
O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:MRVE3), nesta quinta-feira (01). Confira o comunicado na íntegra.
Vendido com com Cap Rate de 4,6% e Yield on Cost de 6,9%. Trata-se do segundo empreendimento construído pela AHS, sua subsidiária, em 2016. A AHS é uma construtora que atende as famílias da classe média norte-americana.
O Mangonia Lake foi vendido com Cap Rate de 4,5% e Yield on Cost de 5,6%. Foi construído em 2019, “como a primeira obra da AHS a utilizar a metodologia construtiva de Parede de Concreto com Fôrmas de Alumínio. Este empreendimento apresentou custo de construção acima dos patamares normais da AHS”, segundo a MRV.
Os empreendimentos vendidos fazem parte do grupo de oito à venda, que totalizam 1.661 unidades e US$ 365milhões de VGV, com margem bruta média de aproximadamente 28%.
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
O Credit Suisse comentou a notícia e diz que o negócio está em linha com as expectativas. A companhia ainda destaca que há 6 projetos à venda, no valor de US$ 286,5 milhões.
MRV (MRVE3): lucro líquido de R$ 137 milhões, alta de 30,9% refletindo boom imobiliário
A MRV Engenharia registrou lucro líquido de R$ 137 milhões no primeiro trimestre de 2021, 30,9% maior que o visto no mesmo período do ano anterior, refletindo o boom do mercado imobiliário no Brasil com taxas de juros em mínimas recordes, mas a companhia teve maior consumo de caixa porque estocou matéria-prima para se proteger da inflação.
A receita operacional líquida avançou 5,9% na mesma base de comparação, para R$ 1,6 bilhão.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 211 milhões no trimestre, alta de 4,2% ante o mesmo período de 2020.
A companhia também segue empenhada em expandir suas operações em todas as linhas de negócios. No primeiro trimestre, o percentual das vendas que contaram com o financiamento do FGTS, que engloba quase a totalidade das vendas ao programa habitacional Casa Verde Amarela (antigo Minha Casa, Minha Vida), representou 78% do total (R$ 5,8 bilhões) da MRV nos ultimos 12 meses.
A MRV havia anunciado em abril salto de 58% nos lançamentos nos primeiros três meses de 2021, mas queda de 3,2% das vendas no comparativo anual, com atrasos em alguns repasses da Caixa Econômica Federal, item que também pesou na geração de caixa, negativa em R$ 384 milhões, contra um número também deficitário de R$ 328 milhões um ano antes.
Além dos atrasos da Caixa, essa linha do resultado refletiu despesas maiores das unidades em desenvolvimento Urba e AHS, além da decisão da MRV de elevar estoques de matéria prima.
“Dado o atual cenário de inflação de materiais na construção civil, a companhia optou por antecipar a compra e estocar parte da matéria prima necessária para a construção de suas obras, de modo a garantir o preço e evitar interrupções no fornecimento”, afirmou a empresa no relatório.
No período, a geração de caixa da MRV ficou negativa em R$ 384 milhões, explicado por compra antecipada de materiais e pelo pior desempenho dos repasses nos primeiros meses do primeiro trimestre.