A Rede D’Or São Luiz celebrou por meio de sua afiliada Hospital Esperança, contrato de prestação de serviços com a mineradora Vale (BOV:VALE3) tendo por objeto a gestão e execução de ações e serviços de saúde no Hospital Yutaka Takeda, localizado em Parauapebas, no Estado do Pará, e no Hospital Cinco de Outubro, localizado em Canaã dos Carajás, também no Pará.
O fato relevante foi feito pela empresa (BOV:RDOR3), nesta quarta-feira (21).
“Esse contrato inaugura um novo modelo de parceria entre uma autogestão e uma rede hospitalar com objetivo de aumentar a qualidade assistencial e trazer mais sustentabilidade ao setor, beneficiando toda a população atendida pela Vale na região de Carajás”, explicou a Rede D’or.
Os hospitais, cujos imóveis são de propriedade da Vale, desenvolvem atividades ambulatoriais, pronto socorro e médico-hospitalares para pacientes adultos e pediátricos.
“O contrato, cuja vigência é de 10 anos, reforça a parceria com a Vale, empresa comprometida com o investimento e desenvolvimento de longo prazo na região, onde se encontra o maior complexo minerador da história da Vale”, destacou o fato relevante.
A operação engloba ainda a análise pelas partes de uma possível parceria na construção ou aquisição de uma unidade hospitalar para atendimentos médico-hospitalares de alta complexidade na Cidade de Parauapebas, no Estado do Pará.
A empresa pretende divulgar os resultados do 2T21 no dia 16 de agosto.
O BTG Pactual mantém a recomendação de compra para as ações da Rede D’Or São Luiz após a companhia firmar um acordo com a Vale para gerenciar dois hospitais da mineradora nas cidades de Parauapebas e Canaã dos Carajás, no Pará.
De acordo com os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, o negócio marca a entrada da Rede D’Or em mais uma unidade da federação e estabelece um novo tipo de parceria.
Além disso, o acordo pode trazer benefícios econômicos para a região, considerando a expansão da complexidade e de infraestrutura hospitalar.
Os hospitais Yutaka Takeda e Cinco de Outubro, abarcados pelo acordo, são de baixa complexidade e oferecem atendimento ambulatorial, emergência e internação. A companhia deve receber uma taxa para administrar os ativos pelo período de dez anos, mas não mencionou valores.
Os analistas destacam ainda a intensa movimentação de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) da Rede D’Or. Desde a oferta inicial de ações (IPO) da companhia, já foram adicionados mais de 1,5 mil leitos à rede, ampliando a cobertura em quatro estados.
O banco estima ainda “fortes resultados” para o segundo trimestre deste ano. A companhia deve divulgar seus números em 3 de agosto.
O preço-alvo para os papéis ordinários da Rede D’Or São Luiz é de R$ 90, o que representa potencial de alta de 34,4% ante a cotação registrada há pouco.
Lucro líquido recorde de R$ 402,4 milhões no 1T21, alta de 254,6%
A Rede D’or São Luiz registrou lucro líquido recorde de R$ 402,4 milhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 254,6% em relação ao mesmo período de 2020.
“Além do sólido crescimento do resultado operacional, o lucro líquido foi positivamente impactado pelo anúncio do pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) anunciados no fim do primeiro trimestre. A taxa efetiva de imposto no trimestre foi de 15% ante 30% no mesmo trimestre do ano anterior”, apontou a companhia em seu relatório trimestral.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – também atingiu o recorde, somando R$ 1,134 bilhão nos meses entre janeiro e março, aumento de 86% na comparação com igual época de 2020. O Ebitda ajustado, por sua vez, cresceu 95,3%, para R$ 1,330 bilhão no primeiro trimestre.
A receita líquida totalizou R$ 4,719 bilhões no primeiro trimestre deste ano, incremento de 43% ante o mesmo trimestre em 2020. Enquanto isso, as despesas gerais e administrativas expandiram 45,2% em um ano, para R$ 217,9 milhões o primeiro trimestre.