A Oi tem uma dívida financeira de R$ 29,7 bilhões que envolve um total de 14 grandes credores, conforme documento encaminhado pela tele à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A lista tem credores nacionais e internacionais, entre administradores de dívidas, agências de exportação de crédito e bancos.
O maior credor individual é o Bank of New York Mellon, com R$ 9,036 bilhões em valores atualizados em reais até 31 de dezembro de 2022. A dívida original é em dólar e tem vencimento para julho de 2025. O banco atua como um trustee, ou seja, entidade que administra os créditos de um conjunto de investidores de títulos (bonds) emitidos pela Oi.
O segundo maior credor é a GDC Partners, com duas operações que somam R$ 8,257 bilhões. A GDC é o agente fiduciário de emissões de cédulas de crédito bancário (CCBs) e debêntures da Oi.
Em terceiro aparece a agência de exportação de crédito (ECA, na sigla em inglês) Wilmington Trust, de Londres, com três operações que totalizam R$ 5,190 bilhões. Outra ECA relevante é o China Development Bank, com R$ 3,819 bilhões. Essas agências tiveram um papel importante como financiadores de compra de redes e equipamentos pela Oi (BOV:OIBR3) (BOV:OIBR4) no passado.
Os bancos nacionais também têm uma participação relevante no grupo de credores da Oi, inclusive mantendo discussões acaloradas sobre a capacidade de pagamento da tele e a exigência de garantias.
O maior credor local é o Itaú BBA, com R$ 2,033 bilhões. Os outros são: Banco do Nordeste (R$ 156 milhões), Banco da Amazônia (R$ 100 milhões), Bradesco (R$ 34 milhões), Santander (R$ 2,2 milhões), ABC Brasil (R$ 2,5 milhões).
A lista traz ainda uma dívida de caráter trabalhista de R$ 948 milhões com a Fundação Atlântico de Seguridade Social, a entidade fechada de previdência complementar dos funcionários da companhia.
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