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MRV (MRVE3): lucro líquido de R$ 30,6 milhões no 1T23, queda de 57%

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A MRV&Co, conglomerado imobiliário que reúne as empresas MRV, Resia, Luggo e Urba, chegou ao fim do primeiro trimestre de 2023 com um lucro líquido de R$ 30,6 milhões, o que representa queda de 57% em relação aos mesmos meses de 2022.

A MRV (que abrange as marcas MRV e Sensia) contribuiu com lucro de R$ 95,8 milhões. Esta divisão de negócios contou com um crédito fiscal de R$ 188 milhões. Sem isso, o grupo teria ficado no vermelho, ainda refletindo os estouros de orçamento de projetos lançados nos idos de 2020 e 2021, quando houve disparada nos custos de construção.

Os outros braços de negócios tiveram prejuízo no período: Resia (R$ 44 milhões), Luggo prejuízo (R$ 7,3 milhões) e Urba (R$ 14,4 milhões).

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi de R$ 63 milhões, baixa de 68% na mesma base de comparação anual.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 1,689 bilhões, uma ligeira alta de 0,8%.

AS despesas operacionais totalizaram R$ 384,5 milhões, alta de 78%.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa líquida de R$ 89,3 milhões, enquanto um ano antes gerou receita de R$ 16,4 milhões.

Operacional

Conforme já divulgado na prévia operacional, a MRV&CO realizou lançamentos consolidados 43,6% menores na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo intervalo de 2022, para um valor geral de vendas (VGV) de R$ 982 milhões – reflexo da pisada de freio nos negócios. Já as vendas se mantiveram firmes. As vendas líquidas consolidadas cresceram 4,3%, para R$ 1,819 bilhão.

Considerando apenas as operações da MRV, os lançamentos caíram 38,7%, para um VGV de R$ 637 milhões, enquanto as vendas líquidas subiram 20,5%, para R$ 1,801 bilhão.

Divisão MRV

O lucro da divisão MRV (que abrange as marcas MRV e Sensia) subiu 254% na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 com o mesmo período de 2022, para R$ 96 milhões.

A empresa registrou um crédito tributário no montante de R$ 188 milhões no primeiro trimestre por conta da compensação de prejuízo fiscal acumulado da holding. O crédito é apenas contábil, isto é, sem agregar ao caixa.

A margem bruta subiu 1,2 ponto porcentual, para 20,6%, enquanto a margem bruta das novas vendas cresceu 7,5 pontos porcentuais, para 30,5%.

A receita líquida teve ligeira alta de 0,3%, para R$ 1,645 bilhão.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) foi uma despesa líquida de R$ 75,6 milhões, revertendo o saldo positivo de R$ 28,6 milhões de um ano antes.

Estrutura de capital

A MRV&CO teve queima de caixa consolidada de R$ 789 milhões no começo deste ano, devido aos custos de obra acima do esperado, bem como pela ausência de venda de projetos da Resia, nos Estados Unidos.

A dívida líquida consolidada cresceu 70,8% na comparação do primeiro trimestre de 2023 com o mesmo intervalo de 2022, para R$ 5,536 bilhões.

Nesse período, a dívida bruta cresceu 30,9%, totalizando R$ 8,079 bilhões, enquanto as disponibilidades de caixa recuaram 14,8%, para R$ 2,577 bilhões.

Os vencimentos nos próximos 12 meses são de R$ 1,450 bilhão em dívidas corporativas e R$ 211 milhões de financiamentos à produção.

A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda anualizado) consolidada saltou de 2,30 vezes para 8,21 vezes nessa comparação anual.

Já a alavancagem calculada para fins do cumprimento das obrigações junto a credores (os covenants) ficou em 0,59 vez, enquanto o teto é de 0,65 vez.

O resultado da construtora (BOV:MRVE3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 11/05/2023.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O BBI diz que a MRV apresentou resultados em grande parte em linha com suas expectativas, com tímidos sinais de melhora em sua margem bruta consolidada no Brasil (à medida que a empresa aumenta as novas vendas e vende sua carteira de pedidos com margem baixa) e sem quebrar suas cláusulas de dívida.

O BBI explica que a “melhora no resultado final (R$ 111 milhões) decorreu de um crédito tributário de R$ 188 milhões, portanto, não é uma virada de jogo para o caso”.

Embora tenha uma visão positiva sobre o upside ainda positivo e a assimetria de valor da MRVE3 (0,7x P/VPA estimado para 2023), o BBI destaca que investidores devem ficar atentos à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre possíveis mudanças na remuneração do FGTS, que podem restringir o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

Itaú BBA

Já o Itaú BBA comenta que a MRV superou suas estimativas de ponta a ponta, corroborando com seu posicionamento positivo sobre a empresa e sugerindo que ela está no caminho da recuperação. O banco destaca a melhora significativa de 1,2 pp na margem bruta, o bottom line beat (suportado por créditos tributários) e a redução do covenant para 0,59 vez no 1T23 (de 0,63 vez no 4T22).

Analistas do BBA destacam que a melhora da margem bruta foi sustentada pelos contínuos aumentos de preços da empresa, indicando que ela caminha para uma recuperação.

Itaú BBA mantém recomendação outperform com preço-alvo de R$ 10,00…

Credit Suisse

Após grandes expectativas sobre a recuperação da MRV, o Credit Suisse diz que finalmente vê as melhorias refletidas no P&L, principalmente em uma expansão da margem bruta de 120bps t/t para 20,6%. “Reconhecemos que esse processo deve ser longo e desafiador (o novo guidance prevê margem bruta superior a 30% somente em 2025), porém, já vemos que a MRV parece estar no caminho certo para recuperar sua lucratividade”, diz o banco Suíço.

Apesar dos resultados deste trimestre sendo impulsionados pelos efeitos fiscais positivos, o Credit diz estar mais confortável ​​de que a turnaround está se concretizando.

Credit Suisse mantém recomendação outperform com preço-alvo de R$ 15,00…

XP Investimentos

De acordo com a XP, a receita líquida da MRV&CO teve um desempenho moderado, atingindo R$ 1,69 bilhão (estável na comparação ano a ano), em linha com suas estimativas.

No lado positivo, analistas da XP destacam a margem bruta das operações core da MRV, que teve um desempenho encorajador, atingindo 20,6% (+120 pontos-base na comparação anual), e a margem bruta da MRV&CO alcançou 20,9% (+110 pontos-base na comparação anual), acima das estimativas de 20,5%.

Além disso, eles destacam a margem bruta das novas vendas em 30,5% em março/23 (+1,5 p.p. versus dezembro de 2022) e a margem a apropriar (Operações core) em 35,5% (+4,3 p.p. na base anual), impulsionada por aumentos consistentes de preço (+25% A/A), o que deve continuar apoiando a melhoria gradual da margem bruta da MRV à medida que as novas vendas (projetos de 2022/2023) se tornem mais relevantes no resultado.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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