O conselho de administração da Oi aprovou o plano da sua segunda recuperação judicial, que tem por objetivo apresentar aos credores uma solução para equalizar uma dívida de R$ 43,7 bilhões.
O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:OIBR4) (BOV:OIBR3) nesta segunda-feira (22).
“O plano de recuperação judicial reflete as negociações mantidas, até a presente data, com seus principais credores e outros stakeholders (partes interessadas) para reestruturação das dívidas”, afirmou a Oi.
“A companhia continua as negociações com os credores financeiros e outros credores quirografários com relação aos termos e condições específicas de um contrato de suporte de reestruturação e os respectivos documentos definitivos”, acrescentou.
Segundo a operadora, o plano estabelece os termos e as condições propostos para permitir a recuperação dos negócios e a sustentabilidade no longo prazo. As principais diretrizes do plano são a equalização do passivo financeiro e a reestruturação de créditos concursais, com ou sem o oferecimento de garantias. Também se busca a equalização dos créditos extraconcursais (fora do processo de recuperação) desde que os credores aceitem se adequar à capacidade de pagamento da Oi mediante alteração no prazo, nos encargos e na forma de pagamento.
O plano prevê a captação de uma dívida extraconcursal de ao menos R$ 4 bilhões, além da entrada de novos recursos através de eventuais aumentos de capital por meio de subscrição pública ou privada e contratação de novas linhas de crédito para refinanciamento da dívida.
O grupo ainda está disposto a realizar vendas de bens do ativo permanente (não circulante), organizados na forma de unidades produtivas independentes (UPIS).
VISÃO DO MERCADO
UBS BB
A Oi informou que seu conselho de administração aprovou os termos do novo plano de recuperação judicial.
“O plano de recuperação judicial, reflete as negociações mantidas, até a presente data, com seus principais credores e outros stakeholders para reestruturação das dívidas das recuperandas”, explicou a operadora.
O plano aprovado propõe a venda de quase todos os ativos remanescentes. Diante disso, o UBS BB prefere manter sua cautela sobre a companhia, com classificação neutra para as ações.
O preço-alvo projetado pelo UBS BB é de R$ 1,35. Nesta segunda-feira (22), as ações saltavam 5,61%, a R$ 1,13, por volta de 14:15.
O plano também descreve vários opções de financiamento e medidas de reestruturação para lidar com a dívida da empresa. A operação ainda está sujeita à aprovação da Assembleia de Credores e à validação judicial.
Na visão do UBS BB não há muito o que fazer quando as alternativas são bastante limitadas. Nesta semana, a ação pode ser altamente volátil, devido à sua atual situação de alavancagem, segundo o banco.
“Podemos ver movimento de alta na ação, mas achamos que os fundamentos estão fracos e permanecemos cautelosos. Além disso, não ficaríamos surpresos se as negociações levassem meses”, explicam os analistas do UBS.
Informações Broadcast
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