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Nesta terça-feira, os mercados internacionais estão operando predominantemente em alta. Os investidores estão de olho nos balanços corporativos na Europa e nos Estados Unidos, bem como na expectativa em relação à definição da taxa de juros na maior economia do mundo, que será anunciada amanhã.
No Brasil, os investidores acompanharão atentamente o Boletim Focus e os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15).
Na Europa, as ações da Unilever, uma gigante do setor de bens de consumo, tiveram uma valorização de mais de 5%, após a empresa registrar um crescimento de quase 8% nas vendas do segundo trimestre, superando as expectativas do mercado.
Do ponto de vista econômico, o índice alemão Ifo, que mede o clima de negócios no país, ficou em 87,3, abaixo do consenso de 88. Esse indicador reflete o pessimismo dos empresários em relação aos negócios atuais e futuros.
Na região europeia, a grande expectativa gira em torno da possibilidade de aumento da taxa de juros. O consenso do mercado é de que o Banco Central Europeu (BCE) vai aumentar a taxa em 25 pontos-base na quinta-feira, elevando os juros para 4,25%. Até lá, os investidores estão agindo com cautela.
Nos Estados Unidos, além da decisão do Federal Reserve que atendeu nesta quarta-feira, os investidores também estão de olho nos resultados trimestrais de empresas importantes como Kimberly-Clark, General Electric, 3M, Verizon e General Motors, que serão divulgados antes da abertura do pregão. As estimativas de consenso são de lucros por ação de US$1,47, US$0,46, US$1,73, US$1,17 e US$1,84, respectivamente.
Há também a expectativa pela divulgação da sondagem da indústria do Fed Richmond às 11h e um leilão de Treasuries de cinco anos às 14h. Ontem, o Tesouro americano realizou um leilão de Treasuries de dois anos, com taxa de corte de 4.823% e volume de US$42 bilhões.
Contudo, o dia mais aguardado da semana é amanhã, quando será divulgada a decisão sobre a taxa de juros nos EUA. Atualmente, a taxa está entre 5% e 5,25%. A expectativa é de um aumento de 0,25 ponto percentual e informações sobre a futura política monetária americana.
O BofA, em um relatório publicado na segunda-feira, prevê que a declaração do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) manterá a orientação existente para a taxa de juros e que o presidente Jerome Powell não descartará futuros apertos na política monetária. A expectativa do BofA é de mais um aumento de 25 pontos-base em setembro, chegando a uma taxa final entre 5,5% e 5,75%, mas ressalta que o Fed pode optar pelo último aumento em novembro.
No Brasil, os investidores estarão atentos ao Boletim Focus, que será divulgado às 8h25, com destaque para as expectativas de sobrevivência, após dados recentes da economia brasileira indicarem que o Banco Central iniciará um ciclo de cortes na taxa Selic a partir de agosto.
Às 9h, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicará o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), com previsão de estabilidade segundo o consenso. Isso pode aumentar ainda mais as expectativas de corte na taxa de juros brasileira.
Por fim, a temporada de balanços de empresas brasileiras começa a ganhar força a partir desta terça-feira, com a divulgação dos dados do Carrefour Brasil e Neoenergia após o fechamento do mercado.
No mercado de commodities, os futuros do minério de ferro negociados em Dalian, China, tiveram uma alta de 1,36%, chegando a 856,50 iuanes (ou US$119,86 por tonelada), após o anúncio de estímulo adicional ao setor de construção pela gigante asiática.
Quanto ao petróleo tipo Brent, ele está operando praticamente estável a US$82,75, mostrando sinais de realização após recentes ganhos expressivos.
