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Cielo (CIEL3): lucro líquido recorrente de R$ 457 milhões no 3T23, avanço de 8%

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A Cielo registrou lucro líquido recorrente de R$ 457 milhões no 3T23, com avanço de 8% sobre o resultado reportado no mesmo período do ano passado. O resultado é o maior recorrente para um terceiro trimestre desde 2018, segundo a empresa, correspondendo ao 9º trimestre consecutivo de crescimento anual de lucro líquido recorrente.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente totalizou R$ 991,3 bilhão no 3T23, com queda de 1,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

A margem Ebitda recorrente atingiu 37,9% entre julho e setembro deste ano, recuo de 0,3 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 3T22.

A receita líquida somou R$ 2.6 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 0,7% na comparação com igual etapa de 2022, decorrente principalmente da menor volumetria em Cielo Brasil e parcialmente compensada pela recuperação do yield nas duas unidades e crescimento de volume na Cateno.

O volume financeiro de transações capturado pela Cielo Brasil foi de R$197,5 bilhões no 3T23, queda de 10,8% sobre o 3T22, com recuo de 8,4% em transações com cartões de crédito e diminuição de 14,3% em volume de transações com cartões de débito.

Em 30 de setembro de 2023, a Companhia registrou um saldo de caixa e equivalentes de caixa de R$ 1,1 bilhão, redução de R$ 2,4 bilhões frente a 30 de setembro de 2022. A redução das disponibilidades, na comparação com o mesmo período do ano anterior, é explicada, principalmente, pelo aumento substancial de recursos alocados em Produtos de Prazo.

Na data base de encerramento do balanço, a Cielo registrou um total de empréstimos e financiamentos de R$ 6,4 bilhões, uma diminuição de R$ 175,2 milhões quando comparado a 30 de setembro de 2022.

Os resultados da Cielo (BOV:CIEL3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 31/10/2023.

Teleconferência

Na teleconferência para comentar os resultados na tarde desta quarta-feira (1), o CEO da companhia, Estanislau Bassols, reforçou que o destaque do trimestre foi a redução de gastos normalizados. O resultado veio de estratégia para busca de eficiência. Nessa frente, o CEO destacou que a companhia conta com mais de 200 iniciativas em fase de implementação, como a Cielo Tap (solução que permite uso de celular como máquina de cartão).

Os principais investimentos da companhia tem sido em tecnologia e digitalização de operações, com a finalidade de reduzir custos das operações.

“Ainda não estamos 100% completos nas melhorias das operações e estamos com investimentos pesados nisso”, destacou Filipe Oliveira, CFO da Cielo.

Sobre o serviço de pix oferecido e ampliado pela Cielo, o CEO destacou que clientes têm buscado mais segurança e conciliação com diversos canais. “Não cobramos pelo pix, cobramos pelos serviços para aumentar a segurança e o cliente enxerga valor”, afirmou Bassols.

Estanislau Bassols, CEO da Cielo, destacou reforçou ações para busca de eficiência e comenta que há 200 iniciativas em implementação na companhia, como Cielo Tap.

“As contratações foram feitas ao longo dos meses”, diz o CEO da Cielo, Estanislau Bassols, destacando que ainda está cedo para conclusões sobre o processo de contratações.

Segundo Filipe Oliveira, CFO da Cielo, outro aspecto constatado é o da “conciliação”, considerado importante para as varejistas. Enquanto isso, o CEO da empresa, Estanislau Bassols, reforçou: “Não cobramos pelo Pix, cobramos pelo serviços para aumentar a segurança e o cliente enxerga valor”.

VISÃO DO MERCADO

As ações registram um dia de ganhos, com alta de 2,27%, a R$ 3,60, às 11h (horário de Brasília) desta quarta (1), com a visão de resultados já precificados em meio a forte queda dos ativos CIEL3 no ano, mas com pouco otimismo dos analistas para os próximos balanços.

Genial Investimentos

A Genial tem a mesma recomendação e preço-alvo para os ativos CIEL3.

Os analistas da casa reforçam que o resultado está alinhado com as suas projeções e as expectativas do mercado. No entanto, embora o lucro tenha aumentado moderadamente em termos anuais, as tendências apontam para um ambiente mais desafiador e menos previsível.

“A rápida deterioração dos volumes de transações foi significativamente mais acentuada do que o previsto nesse ano de 2023. Além disso, o cenário pode se tornar ainda mais difícil devido ao potencial aumento da concorrência no segmento de pequenas e médias empresas (PME), que ainda é lucrativo, e à possível decisão do governo de impor limites nas taxas de juros no crédito rotativo do cartão”, aponta a Genial.

Isso pode ter efeitos prejudiciais para as empresas adquirentes, levando a uma redução no número de parcelas no produto parcelado sem juros e ao aumento das taxas de intercâmbio para os bancos emissores. Essas mudanças podem resultar em uma diminuição no volume de vendas no varejo e pressionar as margens líquidas das empresas de adquirência.

A Genial tem preocupação com a acentuada queda no volume financeiro transacionado (-10,8% na base anual) e a redução no número de clientes (-15,9% frente o 3T22), resultando em mais um período de perda de participação de mercado. “Além disso, o yield da receita apresentou uma queda de 0,04 p.p. trimestre a trimestre, podendo mostrar mais reduções à frente devido à renovação da base de clientes e a um possível aumento da competitividade em seu segmento de foco de PME.

Para os analistas, embora as ações sejam negociadas a múltiplos atrativos, não veem razões para uma possível valorização das ações no curto prazo, dadas as atuais dificuldades no crescimento dos volumes e do yield e incertezas regulatórias.

Guide Investimentos 

A Guide Investimentos também prega cautela: “acreditamos que dado os desafios do setor (desaceleração do TPV da indústria, acirramento de concorrência impactando margens, avanço do Pix e discussões tributárias), existem opções de menor risco no setor financeiro e com melhor momento para se investir atualmente, como BTG Pactual, Banco do Brasil, Banco ABC, BB Seguridade e Itaú”.

Itaú BBA

O Itaú BBA aponta que o lucro líquido de R$ 457 milhões, contra a sua projeção de R$ 440 milhões, foi um pouco acima do esperado por conta do operacional e tributário. O volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) diminuiu 11% na base anual, devido a perdas acumuladas em participação de mercado.

Já os yields caíram em relação ao pico do último trimestre, para 0,79%, após mudanças no mix da base de clientes. “A penetração do pré-pagamento também foi morna, ligeiramente inferior ao último trimestre, em 26%”, avaliam os analistas, enquanto o crescimento dos custos e despesas ultrapassou o crescimento das receitas e a margem Ebitda (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês, sobre receita) diminuiu ligeiramente.

Os volumes da Cateno cresceram 4% em relação ao trimestre anterior, mas margens mais baixas geraram resultados estáveis.

“O lado bom é que, apesar de um trimestre fraco, o preço das ações já incorporou as expectativas”, avalia o BBA o que, em parte justifica a alta das ações. No ano, as ações caem 28% e, para o BBA, o valuation parece justo, com a ação negociada a 6 vezes o preço sobre lucro esperado para 2024, devendo permanecer perto desses níveis.

O BBA possui recomendação marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) para CIEL3, com preço-alvo de R$ 3,90, ou potencial de valorização de 10,7% frene o fechamento da véspera.

“Continuamos cautelosos no setor de adquirência, dado o ambiente competitivo mais acirrado e os possíveis impactos das mudanças regulatórias”, aponta a equipe de análise.

JPMorgan 

O JPMorgan afirma que do lado positivo, as receitas de adiantamento de recebíveis aumentaram 17% em relação ao trimestre anterior. As despesas da Cielo Brasil foram melhores do que o esperado, com custos de serviços caindo 7% em relação ao trimestre anterior. Do lado negativo, os pontos de transação eletrônica continuam a indicar algumas perdas de quota de mercado, relata o banco. O JPMorgan tem recomendação neutra para a Cielo, com preço-alvo de R$ 5,50/ação.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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