Os principais índices dos Estados Unidos mostraram pouca variação na abertura de sexta-feira, 25 de julho de 2025, após o S&P 500 e o Nasdaq Composite renovarem seus recordes históricos na véspera.
Às 10h43 (horário de Brasília), o Dow Jones (DOWI:DJI) subia 71,49 pontos, ou 0,16%. O S&P 500 avançava 10,82 pontos, ou 0,17%, enquanto o Nasdaq subia 3,60 pontos, ou 0,02%. A taxa de retorno dos títulos do Tesouro de 10 anos subia para 4,41%.
Os índices S&P 500 e Nasdaq alcançaram múltiplos recordes nesta semana, impulsionados por resultados corporativos acima das expectativas, com destaque para o balanço da Alphabet.
Apesar de fechar em baixa na quinta-feira, o índice Dow Jones Industrial Average está se preparando para encerrar a semana com avanço próximo a 1%. Até o momento, o S&P 500 e o Nasdaq também apresentam ganhos semanais em torno de 1,1% e 1%, respectivamente.
Mais de 82% das 169 empresas do S&P 500 que reportaram os balanços superaram as estimativas de analistas, conforme dados da FactSet.
Os acordos comerciais recentes do governo Trump também contribuíram para a alta. Destaque para os acordos na semana com Japão e Indonésia, que ajudaram a tranquilizar o mercado antes da iminente data limite para novas tarifas comerciais em 1º de agosto.
Agora, os investidores aguardam a próxima reunião do Federal Reserve, prevista para a semana que vem. Embora seja esperada a manutenção da taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, declarações recentes de Trump, inclusive após sua visita histórica ao Fed, mantêm o mercado atento às futuras decisões do Fed.
Em verificação feita às 09h58, as ações da Intel (NASDAQ:INTC) recuavam 8,3% apesar de registrar receita de US$ 12,9 bilhões no segundo trimestre, superando as expectativas. A Intel reportou prejuízo ajustado de 10 centavos por ação, contra previsão de Wall Street de lucro de 1 centavo.
A fabricante de chips anunciou ter concluído a maioria das demissões de 15% de sua força de trabalho, com grande parte das despesas de reestruturação consideradas no último trimestre.
A Centene (NYSE:CNC) subia 6,5% após recuar 9% na véspera. A empresa de seguros de saúde registrou prejuízo ajustado de 16 centavos por ação no segundo trimestre, embora a receita tenha aumentado 22%, atingindo US$ 48,7 bilhões.
Analistas esperavam lucro de 11 centavos. A Centene retirou suas previsões anuais devido a dados fracos sobre planos da Lei de Assistência Médica.
A Charter Communications (NASDAQ:CHTR) tinha queda de 10,9% após reportar lucro trimestral de US$ 9,18 por ação, abaixo da estimativa de US$ 9,58. O EBITDA ajustado ficou em US$ 5,69 bilhões, abaixo da previsão de US$ 5,7 bilhões da FactSet. A receita líquida foi de US$ 13,77 bilhões, dentro das expectativas.
A AutoNation (NYSE:AN) avançava 3%, impulsionada por lucro ajustado de US$ 5,46 por ação e receita de US$ 6,97 bilhões no segundo trimestre, superando previsões de US$ 4,70 por ação e US$ 6,86 bilhões, respectivamente. As vendas em mesmas lojas aumentaram 8% no período.
A mineradora Newmont (NYSE:NEM) subia 2,9%, beneficiada pelo aumento nos preços do ouro. Registrou lucro ajustado de US$ 1,43 por ação e receita de US$ 5,32 bilhões, superando previsões de US$ 1,16 e US$ 4,85 bilhões, respectivamente. O preço médio do ouro saltou para US$ 3.320 a onça, e a Newmont autorizou recompra de US$ 3 bilhões em ações.
A Edwards Lifesciences (NYSE:EW) avançava 8,4% ao superar expectativas de lucros e vendas ajustados no segundo trimestre. A empresa de tecnologia médica elevou sua previsão anual, agora projetando crescimento das vendas entre 9% e 10%.
A Deckers Outdoor (NYSE:DECK) disparava 11,5% após reportar lucro superior às previsões, com receita trimestral subindo 17%, atingindo US$ 964,5 milhões. As vendas da marca Hoka cresceram 20% e da UGG, 19%, ambas acima das expectativas do mercado.
A Boston Beer (NYSE:SAM) subia 11,8% ao divulgar lucros acima das expectativas no segundo trimestre. A dona das marcas Samuel Adams e Truly também anunciou que o impacto das tarifas sobre custos anuais será menor do que anteriormente previsto.
A Tesla (NASDAQ:TSLA) subia 0,9%, após recuo de 8,2% na véspera, decorrente da queda de 16% no lucro líquido do segundo trimestre.
Charles Schwab (NYSE:SCHW) tinha alta de 1,7% após o conselho aprovar programa de recompra de US$ 20 bilhões em ações, substituindo autorização anterior que ainda tinha saldo de US$ 6,9 bilhões.
Por fim, a Paramount Global (NASDAQ:PARA) ganhava 1,2% após aprovação pela Comissão Federal de Comunicações da fusão de US$ 8 bilhões com a Skydance Media, operação prevista para ser concluída nas próximas semanas.
Commodities
O contrato de minério de ferro mais negociado de setembro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China fechou em baixa de 1,11% a US$ 112,01 a tonelada métrica. O contrato subiu quase 1% esta semana.
Às 10h28 (de Brasília), o ouro (PM:XAUUSD) recuava 0,89% a US$ 3.343,50.
O petróleo bruto West Texas Intermediate para setembro operava em alta de 0,30%, para US$ 66,23 por barril, enquanto o Brent para setembro avançava 0,35%, para US$ 69,42 por barril.
Os preços do petróleo subiam com a disparada nos preços do diesel e o otimismo em negociações comerciais, mesmo diante da possível elevação da oferta da Venezuela e do retorno de exportações do Mar Negro e Azerbaijão.
Dados econômicos
Na agenda econômica de hoje, às 09h30 (horário de Brasília), foram divulgados os dados de encomendas de bens duráveis referentes a junho.
Os pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos caíram 9,3% em junho, na comparação mensal, para US$ 311,8 bilhões, revelou o US Census Bureau. O número ficou abaixo das expectativas dos analistas.
Equipamentos de transporte lideraram o declínio, com queda de 22,4%, para US$ 113 bilhões. Enquanto isso, os novos pedidos, excluindo transporte, aumentaram 0,2% e, excluindo defesa, caíram 9,4%.
As remessas de bens duráveis manufaturados aumentaram 0,5%, ou US$ 1,4 bilhão, para US$ 302,5 bilhões. Os pedidos não atendidos de bens duráveis manufaturados aumentaram 1%, ou US$ 14,4 bilhões, para US$ 1,470 bilhão.
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Balanços trimestrais
Entre as empresas que divulgaram os números antes da abertura do mercado estão Centene Corporation (NYSE:CNC) (BOV:C1NC34), AutoNation (NYSE:AN), HCA Healthcare (NYSE:HCA) (BOV:H1CA34), Booz Allen Hamilton (NYSE:BAH) (BOV:B2AH34), Charter Communications (NASDAQ:CHTR) (BOV:CHCM34), Gentex Corporation (NASDAQ:GNTX) (BOV:G2NT34), GrafTech International (NYSE:EAF), TriNet (NYSE:TNET), Virtus Investment Partners (NYSE:VRTS), Wabash National (NYSE:WNC), entre outras.
Fechamento dos EUA de quinta-feira
Os principais índices de Wall Street fecharam a sessão de quinta-feira em direções opostas. O Dow Jones caiu 0,70%, perdendo 316,38 pontos e fechando em 44.693,91, pressionado por perdas da IBM (-7,62%) e UnitedHealth (-4,76%).
O S&P 500 subiu 0,07%, para 6.363,35 pontos, e o Nasdaq avançou 0,18%, encerrando em 21.057,96 pontos, ambos em novos recordes históricos.
O sentimento do mercado foi impulsionado pela alta de Alphabet (+1,02%), após balanço acima do esperado e margem operacional estável em 32%, e por expectativas positivas sobre acordos comerciais com a União Europeia, com possíveis tarifas unificadas de 15%.
No entanto, o alerta de Elon Musk e os resultados fracos da Tesla (-8,2%) geraram cautela. Setores como Tecnologia e Petróleo sustentaram os ganhos, enquanto Bens de Consumo e Saúde recuaram.
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