Otimista com setor de energia na América Latina, UBS recomenda Cosan, Ultrapar e Queiroz Galvão
15 Agosto 2016 - 3:04PM
ADVFN News
Dentre dez companhias de energia analisadas pelo UBS na América
Latina, o banco suíço recomendou a “compra” de cinco papéis.
Outros quatro têm indicação de ”manter” e apenas um de
“venda”, em relatório que inclui agora a cobertura do setor
petroleiro.
Na lista com as principais companhias da região, quatro são
brasileiras: Ultrapar (BOV:UGPA3),
Cosan (BOV:CSAN3) e
Queiroz Galvão, com recomendação de compra, e Braskem (BOV:BRKM5), com
“manter”, e que receberam preços-alvo de R$ 92, R$ 43, R$ 11 e R$
22, respectivamente. Antes que os papéis do segmento passem
por um período de forte valorização, esperado pela casa, o
UBS aponta perspectivas globais positivas para o setor, mas
aguardando evidências mais fortes no caso de algumas empresas.
São esperados alta sobre os preços do petróleo no longo
prazo, um crescimento do
volume de distribuição de combustíveis no Brasil e um avanço da
margem de ganhos no segmento petroquímico, de acordo com os
analistas Luiz Carvalho e Julia Ozenda.
Na expectativa de que uma distribuição melhor dos combustíveis
traga melhores margens de lucro para Ultrapar e Cosan, o UBS
indicou a compra de ambos os papéis, já que as empresas são vistas
como beneficiárias de uma menor presença da Petrobras
no segmento, prevista para os próximos anos. No caso da
Braskem, a petroquímica teve uma recomendação “neutra” ou de
“manter”, por conta dos desdobramentos das investigações da
Operação Lava Jato.
Ultrapar como “paraíso seguro”
Segundo o UBS, a Ultrapar tem sido capaz de
proporcionar pelo menos 17% de rentabilidade sobre o
patrimônio (ROE) aos seus investidores nos últimos 5 anos. Por
isso, a empresa é vista como um dos poucos ”paraísos seguros”
em ações no Brasil. Para o banco suíço, a gestão da companhia
foi capaz de construir uma carteira de negócios diversificada,
resiliente e, ao mesmo tempo, em constante expansão.
Cosan, por sua vez, tem sido capaz de aumentar sua fatia de
mercado com a distribuição de combustível em 0,8% no acumulado no
ano, devido a uma estratégia de marca agressiva e menor presença de
BR Distribuidora. A empresa também foi bem avaliada por
proporcionar melhorias significativas no segmento de açúcar e
de etanol devido aos preços saudáveis dos dois produtos.
No caso da Queiroz Galvão, o UBS vê um balanço sólido
com uma posição de caixa líquido de R$ 883 milhões,
uma carteira de ativos diversificada e uma geração de caixa
previsível. Para o banco, o mercado não está valorizando plenamente
seu potencial de crescimento significativo.
Braskem na busca por equilíbrio
Por fim, a Braskem luta para equilibrar o ambiente macro com os
desafios micro do país. Ainda assim, para a instituição suíça, a
companhia está muito melhor posicionada no mercado este ano do
que há cinco anos atrás.
“O processo de internacionalização da Braskem reduziu sua
dependência da economia brasileira e, ao mesmo tempo, sua
alavancagem para níveis confortáveis”, diz trecho do relatório. Os
negócios internacionais deverão representar 25% do lucro antes dos
impostos da empresa em 2017. Ao mesmo período, a Braskem tem
vários desafios internos como o envolvimento de executivos da
empresa em um esquema de suborno.
ULTRAPAR ON (BOV:UGPA3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2024 até Mai 2024
ULTRAPAR ON (BOV:UGPA3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mai 2023 até Mai 2024