Cielo: vendas no varejo caíram 10,1% em comparação com o mesmo período de 2020
16 Abril 2021 - 10:11AM
ADVFN News
As vendas no Varejo no mês de março caíram 10,1%, descontada a
inflação, em comparação com o mesmo mês de 2020. Em termos
nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo
varejista, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) registrou
retração de 0,3%.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:CIEL3) nesta
sexta-feira (16). Confira o documento na íntegra.
Se desconsiderados os efeitos de calendário, a queda nas vendas
seria maior por efeitos da semana PréPáscoa e troca de dias. Dessa
forma, sem tais efeitos, o índice do mês registrou queda de 11,6%,
descontada a inflação. Em termos nominais, com os ajustes de
calendário, a retração foi de 2,0%. Os setores que apresentaram
maiores desacelerações em relação ao ritmo de fevereiro foram
Vestuário e Supermercados e Hipermercados. Já Turismo e Transportes
e Postos de Combustíveis registraram aceleração. “Completamos um
ano de pandemia no Brasil com seus efeitos ainda refletidos no
comportamento do Varejo. Apesar da aceleração do índice, quando
comparado aos meses anteriores , esse resultado não necessariamente
está relacionado a uma melhora no Varejo, visto que, a partir de
março/21, os meses usados como base de comparação também foram
impactados pela pandemia. Na visão setorialdestacamse os setores de
Drogarias e Farmácias, Materiais para Construção e Serviços
Automotivos com altas em comparação ao mesmo período de 2020”, diz
Pedro Lippi, Head de Inteligência da Cielo.
INFLAÇÃO
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado em março
pelo IBGE, apontou alta de 6,1% no acumulado dos últimos 12 meses,
com aceleração de 0,93% em março. O grupo de Postos de Combustíveis
foi o que mais contribuiu para a aceleração do índice. Ao ponderar
o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado
foi de 10.9%, acelerando em relação ao índice registrado no mês
anterior.
SETORES
Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, todos os
macrossetores registraram aceleração, exceto o bloco de Bens Não
Duráveis. No macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis, o
segmento que mais colaborou para a aceleração foi Móveis, Eletro e
Lojas de Departamento, enquanto o setor de Vestuário sofreu a maior
desaceleração. No macrossetor de Serviços, o segmento que mais
contribuiu para a aceleração foi Transporte e Turismo, por outro
lado o setor de Bares e Restaurantes apresentou a maior
desaceleração. Já no macrossetor de Bens Não Duráveis, o segmento
de Supermercados e Hipermercados foi o que mais contribuiu para a
desaceleração, enquanto Postos de Combustíveis contribuiu para a
aceleração.
REGIÕES
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário,
todas as regiões do país, com exceção da Norte, apresentaram
retração na passagem mensal. Na região Nordeste, a queda foi de
11,1%, seguida das regiões Sudeste (-10,9%), Sul (-9,7%), e
Centro-Oeste (-9,4%). A região Norte apresentou alta de 0,5%.
Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – e
com ajuste calendário, as únicas regiões com variações positivas
foram Norte (+10,7%) e Centro-Oeste (+2,1%). As demais apresentaram
quedas: Sudeste (-3,8%), Nordeste (-2,6%) e Sul (-1,2%).
A Cielo pretende divulgar os resultados do 1T21 no
dia 27 de abril.
Lucro líquido de R$ 290,2 milhões em 2020 refletindo fortes
controles de custos e despesas
A Cielo encerrou o ano de 2020 com
um lucro líquido de R$ 490,2
milhões, o que representa uma queda de 68% sobre o mesmo
período do ano anterior.
Segundo a operadora de cartão de crédito, a redução do consumo
devido à pandemia afetou não apenas os negócios da Cielo, mas
trouxe impactos importantes à Cateno, que ao longo do ano
apresentou queda em volume, especialmente nos negócios mais
rentáveis. “Esse contexto pesou fortemente sobre o resultado da
companhia, principalmente no primeiro semestre”, apontou a
empresa.
CIELO ON (BOV:CIEL3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Jun 2024 até Jul 2024
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Gráfico Histórico do Ativo
De Jul 2023 até Jul 2024