A C&A apresentou lucro líquido ajustado de R$ 58,1 milhões no segundo trimestre de 2024, ou mais de 18 vezes maior frente aos R$ 3,2 milhões registrados no mesmo período de 2023.

O Ebitda ajustado foi de R$ 359,5 milhões, alta de 28,8%. Na receita líquida, a alta foi de 11,5%, chegando a R$ 1,8 bilhão. Se considerada apenas a receita de vestuário, o crescimento foi de 13,1%, para R$ 1,5 bilhão.

No mesmo período, a margem bruta da C&A ficou em 56%, avanço de 2,5 pontos porcentuais. Em vestuário, o patamar foi de 57,7%, alta de 1,3 p.p. A margem Ebitda ajustada, que mede eficiência operacional, avançou 2,6%, chegando a 19,6%.

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“Neste trimestre, mesmo com as temperaturas mais altas que a média para esta época do ano, conseguimos ter capacidade de reação e adaptação à demanda das consumidoras por produtos de ano todo ou meia estação. Modificamos as campanhas comerciais de Dia das Mães e Dia dos Namorados para refletir uma oferta de produtos mais alinhada com as buscas de nossas clientes. Como resultado, estas campanhas registraram um crescimento de dois dígitos nas vendas”, destaca a gestão da companhia no release que acompanha o desempenho.

Do lado negativo, como consequência do fechamento de 128 quiosques de vendas de produtos eletrônicos no primeiro semestre, a receita líquida da categoria registrou redução de 26% em relação ao ano anterior. Já a categoria de produtos de beleza, lançada no final de 2019, obteve crescimento de 59% na receita quando comparado ao mesmo período do ano passado, compensando parcialmente a queda na categoria de produtos eletrônicos.

Em conjunto, as categorias somaram receita líquida de R$ 176,9 milhões no segundo trimestre, diminuição de 10,8% ante o mesmo período de 2023. Por outro lado, a receita líquida de mercadorias proveniente das vendas do site e do aplicativo cresceu 15,1%, chegando a R$ 88,5 milhões.

A receita líquida de serviços financeiros no segundo trimestre, excluindo a taxa de comissionamento que a C&A Pay recebe da C&A Modas, foi de R$ 117,6 milhões, aumento de 33,6%, principalmente em função do crescimento da operação do C&A Pay que, no trimestre, correspondeu a 88% da receita total de serviços financeiros e a 26,9% das vendas do varejo.

As perdas líquidas de crédito totalizaram R$ 69,1 milhões, alta de 17,1% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado da operação do C&A Pay foi de R$ 6,1 milhões negativos. Segundo a varejista, isso se deu em função do provisionamento da carteira, que tem aumento natural decorrente do maior volume de vendas realizado em dezembro de 2023.

Ao final de junho, a dívida líquida total da C&A, que inclui o compromisso de pagamento com o Bradescard, totalizou R$ 1,071 bilhão. A alavancagem (dívida líquida/Ebitda Ajustado pré-IFRS 16 dos últimos 12 meses) foi 1,4x, melhora sobre o indicador de 3,8x de um ano atrás.

Em julho de 2024, foi realizada uma operação para alongar o perfil da dívida, totalizando R$ 496 milhões. A C&A concluiu a troca de três séries de debêntures, aumentando o prazo dessas séries de 1,4 para 2,1 anos. Com essa operação, reduziu em R$ 252 milhões o valor a ser amortizado em 2025.

Os resultados da C&A (BOV:CEAB3) referente suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 07/08/2024.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters
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