Oi Fibra passará a se chamar Nio e será recolocada na rota de crescimento dentro do mercado de banda larga
10 Março 2025 - 11:17AM
ADVFN News
A Oi Fibra está sob nova direção. A companhia foi vendida pela
Oi, em recuperação judicial, para a V.tal, grupo de
telecomunicações controlado por fundos do BTG Pactual, numa
operação de R$ 5,75 bilhões concluída no dia 28 de fevereiro. Após
a troca de mãos, a Oi Fibra passará a se chamar Nio e será
recolocada na rota de crescimento dentro do mercado de banda larga.
“Queremos ser protagonistas no setor”, afirma o presidente da Nio,
Marcio Fabbris, em entrevista ao Broadcast.
O nome da empresa foi escolhido para dar a ideia de que se trata
de um projeto novo, embora a empresa seja uma velha conhecida do
mercado. A Nio é a terceira maior provedora de internet fixa do
País, com 4 milhões de clientes, ou 8% do mercado. Só fica atrás da
Vivo (7,4 milhões) e Claro (10,2 milhões), segundo ranking da
Anatel. A receita líquida anual está na faixa de R$ 4,5
bilhões.
A rede de fibra ótica da Nio cobre 22 milhões de endereços, com
potencial de atrair mais consumidores. Fabbris conta que a nova
gestão terá como prioridade estabilizar o negócio, que vinha
perdendo clientes nos últimos trimestres em meio aos solavancos da
recuperação judicial do grupo. O nível de satisfação dos usuários é
considerado bom, mas a perda se dava em função das investidas de
outras operadoras e da pouca atividade do time comercial, que será
reforçado agora. Além disso, havia saída de clientes empresariais
preocupados com a situação delicada da Oi.
Sob nova direção, a empresa vai buscar o crescimento orgânico no
curto prazo, diz Fabbris. “O nosso investimento será em construção
de marca e atração de clientes. Passando essa etapa, a Nio será uma
empresa sustentável no longo prazo. E nós temos planos ambiciosos
de crescimento orgânico”.
O executivo conta que a proposta da Nio é dar mais transparência
ao atendimento, evitando surpresas do usuário em relação aos preços
e conteúdos dos pacotes. Além disso, buscará ampliar a oferta de
serviços digitais, com parceiros na área de streaming de vídeo, por
exemplo, como é tradicional no segmento. Não haverá mudanças de
preços nesta etapa. A receita média por usuário está em R$ 92 por
mês, em linha com o praticado no setor.
A escolha de Fabbris para comandar o negócio se deve à
experiência no trato com os consumidores finais. Ele chegou ao
grupo ainda em 2024. Antes disso, passou cerca de dois anos como
presidente da Equifax Boa Vista e duas décadas na Telefônica Brasil
(dona da Vivo), onde ajudou a moldar o segmento de telefonia e
internet móvel, saindo de lá como vice-presidente.
A Nio atuará com administração e governança independentes da
V.tal. A direção terá pessoas vindas da Oi (BOV:OIBR3) (BOV:OIBR4)
e outras que foram contratadas recentemente, como Luiz Peixoto
(ex-Movida e Claro) para a área de tecnologia e Patrícia Pasquali
(ex-Urban Science, Royal Mail e Telefônica) para o setor de
dados.
Consolidação
O crescimento inorgânico – via fusões e aquisições – é um
movimento recorrente no mercado de banda larga, já que existem
milhares de provedores regionais. No caso da Nio, isso não está na
agenda para os próximos meses, mas também não está descartado,
segundo Fabbris.
“O grande mandato é estabilizar a companhia e a mover para o
crescimento orgânico”, ressalta. “Não recebemos mandato de buscar
aquisições no setor. Mas também não é parte do mandato fechar os
olhos”.

Informações Broadcast
OI PN (BOV:OIBR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Fev 2025 até Mar 2025
OI PN (BOV:OIBR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Mar 2025