A agenda do investidor da semana 10 a 14 de maio traz uma pesada agenda de balanços, com BR Distribuidora, BTG Pactual, Vivo e Klabin na terça-feira e Suzano, JBS, Natura, Hapvida, Eletrobras, Via Varejo, Oi, BRF, Yduqs na quarta-feira. Na quinta-feira, atenção para Petrobras, Magazine Luíza, Lojas Renner, IRB Brasil e, na sexta-feira, Cosan, Cemig, Cogna, CVC Brasil, Enjoei e Ser Educacional, entre outras.
Na próxima semana, os investidores devem aguardar os dados de inflação nos Estados Unidos, na China e na Europa e dados de vendas e atividade americanos para avaliar se mantêm o rali das bolsas. A negociação dos estímulos no Congresso americano também pode impulsionar as ações, dependendo, porém, do aumento de impostos sobre as empresas e investidores que deve financiar parte dos pacotes.
O comportamento da pandemia de coronavírus também estará no radar, diante do avanço dos casos na Índia, que já atingiram 414 mil por dia e levaram o número de mortes para quase 4 mil. Vários Estados decretaram restrições de atividades, mas o governo federal indiano, assim como o brasileiro, reluta em promover uma paralisação nacional. Casos da cepa indiana em outros países e informações sobre vacinas, incluindo a disputa pela quebra das patentes, podem mexer com os mercados globais nos próximos dias.
No Brasil, os investidores devem acompanhar a votação no Supremo Tribunal Federal da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/Cofins. A semana também será agitada no campo político, com a CPI da Covid ouvindo os ex-ministros de Relações Exteriores e da Secretaria de Comunicação, especialmente sobre a compra de vacinas e as medidas para evitar a segunda onda do vírus. As declarações podem aumentar o desgaste do governo e a expectativa em torno do depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, previsto para dia 19.
Haverá ainda a apresentação da proposta da Reforma Tributária na terça-feira e a disputa entre parlamentares e a equipe econômica, que defende o fatiamento do projeto. Está previsto também o avanço nas discussões sobre a Reforma Administrativa. As dificuldades no fornecimento de vacinas e a manutenção dos casos de coronavírus em níveis elevados em vários Estados, impedindo a redução maior das restrições, também podem influenciar os negócios.
Confira a agenda econômica da semana (10 a 14 de maio): Inflação, CPI, reformas…
Breve Retrospectiva da semana
70% das empresas do Ibovespa já reportaram, e os resultados têm sido sólidos até agora, com 60% das companhias superando as expectativas do consenso.
Nessa semana, Bolsas globais fecharam em alta, impulsionadas principalmente pelo dado fraco de emprego nos EUA. O índice Ibovespa acumulou ganhos expressivos de +2,6% e retomou a marca de 122 mil pontos, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones renovaram a máxima histórica avançando +1,2% e +2,7%, respectivamente. Com o ambiente favorável à moedas emergentes, o dólar acelerou as perdas na sexta-feira, desvalorizando ainda mais depois de uma forte queda após a decisão do Copom e fechou a R$ 5,24, o menor patamar desde janeiro deste ano.
A alta nas Bolsas globais foi resultado da redução de temores de que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, remova os estímulos monetários após a divulgação do relatório de trabalho dos EUA bem abaixo das expectativas. Em abril, foram criados 266 mil empregos quando o mercado esperava 1 milhão vagas novas. Esses dados vão em linha com o discurso de autoridades do Fed de que ainda há um longo caminho a percorrer para a recuperação da economia americana. Com isso, as Treasuries de 10 anos chegaram a recuar para um patamar abaixo de 1,5%, favorecendo as ações de tecnologia.
Iguatemi ON liderou os ganhos da semana no Índice Bovespa, subindo 15,87%, após anunciar resultados resilientes no trimestre e a criação de um marketplace próprio. Na sequência vem CCR ON, que subiu 11,71%. BRMalls ON acelerou 11,45%, embalada pelo resultado da concorrente e pela melhora nas perspectivas para retomada de operações. Nas baixas semanais, dois estreantes no índice, Locaweb ON e Banco Inter ON, caíram 13,76% e 9,37%, respectivamente, talvez por conta da recomposição das carteiras. B2W perdeu 7,19%, após registrar alta nos prejuízos no trimestre.
Por setores, os maiores ganhos da semana foram do Índice Imobiliário, 5,72%, Materiais Básicos, 3,20% e Consumo, 2,61%. A maior queda, de 0,16%, aconteceu no Índice de Fundos Imobiliários, o IFIX. Hoje, os papéis que mais subiram foram de CCR ON, 10,25%, após anúncio de intenção da Andrade Gutiérrez de vender sua fatia na companhia, Embraer ON, com 7,40%, otimista pelo avanço na vacinação e fim das restrições, e Iguatemi, 6,84%. No terreno negativo, a Locaweb caiu 2,63%, Usiminas, 1,82% e Weg ON, 0,92%.
Sextou! 10 fatos que marcaram a semana: CPI da Covid e da Vale; Copom e dólar; Cielo no Zap, RECV3, MODL11, BIDI11 e mais
📆 Confira o calendário completo da semana
Segunda-feira (10/05/2021)
💰 Proventos
Data “Com” – AES Brasil (AESB), EMAE (ENAE), Grendene (GRND3) negociadas como data “Com”…
Data “Ex” – Banco Santander (SANB), Qualicorp (QUAL) negociadas como data “Ex”…
Pagamento – nenhum pagamento agendado para hoje…
Terça-feira (11/05/2021)
💰 Proventos
Data “Com” – Unicasa (UCAS), Engie (EGIE) negociadas como data “Com”…
Data “Ex” – AES Brasi (AESB), EMAE (ENAE), Grendene (GRND3) negociadas como data “Ex”…
Pagamento – MRV Engenharia(MRVE) agendado para hoje…
Quarta-feira (12/05/2021)
💰 Proventos
Data “Com” – nenhuma ação negociada como data “Com”…
Data “Ex” – Unicasa (UCAS), Engie (EGIE) negociadas como data “Ex”…
Pagamento – Afluente (AFLT), Coelba (CEEB), Cosern (CSRN), CSN (CSNA), Grandene (GRND) agendados para hoje…
Quinta-feira (13/05/2021)
💰 Proventos
Data “Com” – Nenhuma ação negociada como data “Com”…
Data “Ex” – Nenhuma ação negociada como data “Ex”…
Pagamento – Trevisa (LUXM), Cielo (CIEL), Portobello (PTBL), SLC (SLCE), agendados para hoje…
Sexta-feira (14/05/2021)
💰 Proventos
Data “Com” – Gerdau (GGBR) e Met Gerdau (GOAU) negociadas como data “Com”…
Data “Ex” – Nenhuma ação negociada como data “Ex”…
Pagamento – Banco Pan (BPAN) agendado para hoje…
Bons investimentos e bons negócios.