JPMorgan faz revisão para o setor de mineração e siderurgia junto com as projeções para o minério de ferro
23 Setembro 2024 - 10:59AM
ADVFN News
O JPMorgan fez uma revisão para as companhias do setor de
mineração e de siderurgia junto com as suas projeções para o
minério de ferro.
O banco americano revisou as suas projeções para o minério entre
3% e 5% para baixo, para US$ 110 a tonelada (t) em 2024, US$ 100 em
2025 e US$ 95 em 2026, ressaltando que preços menores nos próximos
anos irá afetar diretamente as companhias da América Latina que
lidam com a commodity.
A revisão ocorre por conta da menor produção de aço na China e
altos estoques da commodity. Para os analistas, a curva de custos
do minério ainda dá alguma sustentação aos preços, mas menor
consumo de aço na China nos próximos anos será pesada. No curto
prazo, a sazonalidade pode levar os preços a subirem nos próximos
meses, mas com um fôlego não tão longo.
O banco fez um duplo rebaixamento para as ações da Usiminas
(BOV:USIM5), de overweight (exposição acima da média do mercado,
equivalente à compra) para underweight (exposição abaixo da média
do mercado, equivalente à venda), com o preço-alvo sendo cortado de
R$ 11 para R$ 5,50, ou queda de 6,5% frente o fechamento de
sexta-feira (20). Com isso, os ativos USIM5 registravam forte baixa
de 7,65%, a R$ 5,43, às 10h33 (horário de Brasília) desta segunda
(23), também afetada pela forte queda do minério na sessão.
Os custos da siderúrgica não diminuíram no ritmo esperado,
enquanto o mercado de aço continua pressionado no Brasil, o que
motivou o corte de recomendação do JPMorgan para USIM5. Enquanto
isso, a empresa será prejudicada pelas menores receitas vindas da
venda de minério de ferro.
A Vale (BOV:VALE3), por sua vez, teve o preço-alvo reduzido de
R$ 85 para R$ 77, mas ainda com um upside de 34% ante o fechamento
de sexta. Para os ADRs (recibos de ação negociados na Bolsa de Nova
York, Nyse) de US$ 16,50 para US$ 15, upside de 44% frente o
fechamento anterior. Apesar do corte do preço-alvo, a recomendação
foi mantida como overweight, além de mantida como a preferida no
setor. A ação VALE3 tem queda de cerca de 1%, também com queda do
minério.
O banco já aponta que as ações VALE3 operam atualmente com
desempenho abaixo do minério de ferro, ao mesmo tempo em que há
desdobramentos importantes para a mineradora, como a sucessão do
CEO que havia abalado as ações.
Além disso, os preços esperados da commodity, mesmo mais baixos,
devem gerar um fluxo de caixa significativo. A mineradora vê uma
melhora no desempenho operacional da empresa e o banco acredita que
as expectativas dos investidores nessa frente são baixas. Além
disso, o valuation parece muito atrativo, pois a Vale está sendo
negociada com desconto em relação aos pares.
Depois da Vale, a preferência é por Bradespar (overweight), CSN
(neutra), e, finalmente, CSN Mineração (underweight). “Na CSN
Mineração, vale a pena sinalizar que após a revisão dos preços do
minério de ferro, estamos retirando nossa meta de preço”, avalia o
JPMorgan.
Para a CSN, o banco avalia que a companhia se beneficia da maior
diversificação, enquanto a CSN Mineração deve puxar os resultados
consolidados da companhia como um todo para baixo levando em conta
para os próximos trimestres. O preço-alvo foi reduzido de R$ 13,50
para R$ 13 (potencial de valorização de 17%).
Já para Bradespar, o preço-alvo foi cortado de R$ 27,50 para R$
24, mas ainda com potencial de alta de 31%.
Informações Infomoney
USIMINAS PNA (BOV:USIM5)
Gráfico Histórico do Ativo
De Out 2024 até Nov 2024
USIMINAS PNA (BOV:USIM5)
Gráfico Histórico do Ativo
De Nov 2023 até Nov 2024