Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 caem, devido a preocupações com as tensões comerciais entre EUA e China

Após uma recuperação histórica ao longo da sessão de quarta-feira, as ações apresentaram um movimento substancial de volta à queda durante as negociações de quinta-feira. As principais médias registraram perdas acentuadas, mas permanecem bem abaixo das mínimas recentes.

Os principais índices encerraram o dia abaixo de seus piores níveis, mas ainda com forte queda. O Nasdaq caiu 737,66 pontos, ou 4,3%, para 16.387,31, o S&P 500 recuou 188,85 pontos, ou 3,5%, para 5.268,05, e o Dow Jones recuou 1.014,79 pontos, ou 2,5%, para 39.593,66.

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A forte retração em Wall Street ocorreu quando os investidores buscavam lucrar com o pico visto nas negociações da tarde de quarta-feira, depois que o presidente Donald Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas novas “tarifas recíprocas”.

Preocupações constantes sobre o aumento das tensões comerciais entre os EUA e a China também pesaram nos mercados , já que Trump excluiu o país da pausa e até aumentou a tarifa sobre produtos chineses para 125%.

A incerteza sobre o que acontecerá entre agora e o fim da pausa de 90 dias também pode ter causado alguma apreensão em Wall Street.

“Embora a pausa de 90 dias seja uma boa notícia para as ações, a falta de clareza a longo prazo pode se tornar um problema maior com o passar do tempo”, disse o diretor de investimentos da AJ Bell, Russ Mould.

Enquanto isso, os comerciantes ignoraram em grande parte um relatório do Departamento do Trabalho que mostrou inesperadamente uma ligeira queda nos preços ao consumidor dos EUA no mês de março, potencialmente vendo os dados como “notícias velhas”.

O relatório informou que o índice de preços ao consumidor caiu 0,1% em março, após alta de 0,2% em fevereiro. Economistas esperavam que os preços ao consumidor subissem 0,1%.

Excluindo os preços de alimentos e energia, o índice básico de preços ao consumidor subiu 0,1% em março, após alta de 0,2% em fevereiro. A expectativa era de que os preços básicos subissem 0,3%.

O relatório também informou que a taxa anual de crescimento dos preços ao consumidor desacelerou de 2,8% em fevereiro para 2,4% em março. Economistas esperavam que o ritmo de crescimento dos preços desacelerasse para 2,6%.

A taxa anual de crescimento dos preços básicos ao consumidor também caiu para 2,8% em março, ante 3,1% em fevereiro. A expectativa era de que o crescimento dos preços básicos caísse para 3,0%.

“O IPC de março era um dado obsoleto mesmo antes de ser divulgado, dadas as grandes mudanças tarifárias em andamento e o impacto inflacionário que terá nos próximos meses”, disse a economista-chefe da Nationwide, Kathy Bostjancic.

Ela acrescentou: “Embora seja marginalmente útil ter uma leitura mais suave antes do aumento das tarifas, muitas das categorias que sofreram um declínio ou estavam moderadas enfrentarão pressão ascendente nos próximos meses.”

Um relatório separado divulgado pelo Departamento do Trabalho mostrou que os primeiros pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentaram ligeiramente na semana encerrada em 5 de abril.

Notícias do Setor

As ações de serviços petrolíferos recuaram acentuadamente, juntamente com o preço do petróleo bruto, arrastando o Índice de Serviços Petrolíferos da Filadélfia para baixo em 8,9%.

As ações das companhias aéreas também mostraram um movimento significativo de volta à queda, resultando em uma queda de 8,4% no NYSE Arca Airline Index.

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Uma fraqueza substancial também foi visível entre as ações de semicondutores, conforme refletido pela queda de 8,0 do Índice de Semicondutores da Filadélfia.

Os setores de produtores de petróleo, hardware de computador, bancos e biotecnologia também apresentaram fraqueza considerável, enquanto as ações de ouro resistiram à tendência de baixa em meio a uma recuperação prolongada do preço do metal precioso.

Outros Mercados

No mercado externo, os mercados de ações da região Ásia-Pacífico apresentaram forte alta durante o pregão de quinta-feira. O índice Nikkei 225 do Japão disparou 9,1%, o Kospi da Coreia do Sul subiu 6,6% e o Índice Composto de Xangai da China saltou 1,2%.

Os principais mercados europeus também apresentaram movimentos substanciais de alta no dia. O DAX alemão também subiu 4,5%, o índice CAC 40 francês subiu 3,8% e o índice FTSE 100 do Reino Unido avançou 3,0%.

No mercado de títulos, os títulos do Tesouro recuperaram terreno no início do dia, mas recuaram para perto da linha inalterada ao longo da sessão. Posteriormente, o rendimento da nota de referência de dez anos, que se move na direção oposta ao seu preço, caiu menos de um ponto-base, para 4,394%.

Olhando para o futuro

Relatórios sobre inflação de preços ao produtor e sentimento do consumidor podem atrair atenção na sexta-feira, enquanto os comerciantes também devem ficar de olho nas notícias sobre lucros do JPMorganChase (JPM), Morgan Stanley (MS) e Wells Fargo (WFC), bem como nos últimos desenvolvimentos tarifários.

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