Dow Jones futuro opera em baixa com investidores atentos às políticas de Trump e ao relatório PCE

Os índices futuros dos Estados Unidos sinalizam uma abertura ligeiramente negativa nesta quarta-feira, 26 de março de 2025, diante da incerteza sobre as tarifas propostas pelo governo Trump. Com a aproximação do chamado “Dia da Libertação”, os mercados mostram nervosismo diante da falta de clareza nas medidas.

Ás 6h38 (horário de Brasília), o Dow Jones (DOWI:DJI) cedia 44,00 pontos, ou 0,10%. O S&P 500 perdia 6,75 pontos, ou 0,12%, enquanto o Nasdaq caía 28,00 pontos, ou 0,14%. A taxa de retorno dos títulos do Tesouro de 10 anos avançava para 4,331%.

Investidores mantém o foco voltado para o relatório de gastos com consumo pessoal (PCE), previsto para sexta-feira. Embora o sentimento do consumidor esteja em baixa, com a confiança atingindo o pior nível em 12 anos, alguns analistas afirmam que os dados concretos da economia ainda são positivos. A recente alta nas ações e o bom desempenho de setores como construção e indústria sustentam um cenário ainda estável.

Commodities

No mercado de commodities, os preços do petróleo subiram devido a temores sobre a oferta, após os EUA reforçarem sanções contra Venezuela e Irã. A queda inesperada nos estoques de petróleo dos EUA também impulsionou o mercado, mostrando forte demanda. Enquanto isso, a China, principal compradora da Venezuela e do Irã, avalia o impacto das medidas antes de seguir com as importações.

Às 6h39 (de Brasília), o petróleo bruto West Texas Intermediate para maio subia 0,55%, para US$ 69,38 por barril, enquanto o Brent para maio avançava 0,55%, para US$ 73,42 por barril.

O ouro (PM:XAUUSD) recuava 0,06% a US$ 3.024,00.

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Dados econômicos

Na agenda econômica de hoje, às 9h30 (horário de Brasília), será divulgado os pedidos de bens duráveis de fevereiro. Às 14h10, está prevista uma fala do presidente do Federal Reserve de St. Louis, Alberto Musalem.

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Balanços trimestrais

Entre as empresas que divulgaram os números antes da abertura do mercado estão Dollar Tree (DLTR), Chewy (CHWY), Cintas (CTAS), Target Hospitality (TH), Jinko Solar (JKS), Paychex (PAYX), BRP (DOOO), REX American Resources (REX), SailPoint (SAIL) e Reed’s (REED), entre outras.

Após o fechamento, são aguardados os números da MicroVision (MVIS), Concentrix (CNXC), 3D Systems (DDD), Usio (USIO), Verint (VRNT), Petco (WOOF), Steelcase (SCS), MillerKnoll (MLKN), Durect (DRRX) e H.B. Fuller (FUL), e mais.

Fechamento dos EUA de terça-feira

Após o rali anterior, o mercado apresentou instabilidade ao longo da terça-feira, mas conseguiu fechar em alta pelo terceiro pregão seguido: o Nasdaq avançou 83,26 pontos (+0,5%) para 18.271,86, o S&P 500 ganhou 9,08 pontos (+0,2%) para 5.776,65, e o Dow subiu 4,18 pontos, encerrando praticamente estável em 42.587,50.

A incerteza em torno das tarifas do presidente Donald Trump seguiu como pano de fundo do mercado. Apesar de mencionar possíveis isenções para alguns países nas tarifas recíprocas previstas para 2 de abril, Trump indicou planos de sobretaxar os setores automotivo, farmacêutico, madeireiro e de semicondutores em breve, alimentando volatilidade.

Dados econômicos mostraram que a confiança do consumidor nos EUA caiu pelo quarto mês consecutivo, com o índice do Conference Board recuando de 100,1 em fevereiro para 92,9 em março, abaixo da expectativa de 94,2.

Apesar da alta geral dos mercados, o setor farmacêutico caiu 2,0%, e os serviços públicos recuaram 1,6%. Ações ligadas ao ouro avançaram, puxando o índice NYSE Arca Gold Bugs em 1,6%. Sete dos 11 setores do GICS encerraram em alta, e o setor de serviços de comunicação, que subiu 1,43%, liderou os ganhos. Setores como bens de consumo discricionários, tecnologia e materiais seguem pressionados, negociando com mais de 10% de desconto em relação às máximas de 52 semanas.

NYSE: Veja o ranking das ações negociadas diariamente na Bolsa de Valores de Nova Iorque: maiores altas, maiores baixas, maiores volumes negociados e maiores quantidades de negócios.