Segunda-feira, 16 de junho de 2025 – O sentimento do pré-mercado nas bolsas dos Estados Unidos foi majoritariamente positivo.

Na NYSE, cerca de 67% dos papéis operaram em alta, totalizando 1.203 ativos, enquanto 18% tiveram em queda (339 ativos) e o restante permaneceu estável (249 ativos).

Na Nasdaq, 65% dos ativos tiveram alta, correspondendo a 2.083 papéis, contra 23% em baixa (761 papéis) e o remanescente sem variação (334 ativos).

Os principais índices dos Estados Unidos abriram em alta, após uma forte queda pregão anterior causado pelos ataques aéreos israelenses contra o Irã. Investidores aproveitaram os preços mais baixos das ações, indicando um retorno parcial do apetite por risco diante da percepção de que o conflito pode permanecer controlado.

Ás 10h32 (horário de Brasília), o Dow Jones (DOWI:DJI) avançava 251,76 pontos, ou 0,60%. O S&P 500 subia 41,39 pontos, ou 0,69%, enquanto o Nasdaq ganhava 179,84 pontos, ou 0,93%. A taxa de retorno dos títulos do Tesouro de 10 anos subia para 4,434%.

Apesar dos confrontos terem continuado no fim de semana, os mercados reagiram positivamente, com investidores considerando improvável uma escalada severa.

Israel declarou ter conquistado “superioridade aérea”, enquanto o Irã ameaçou fechar o Estreito de Ormuz, importante rota marítima para o petróleo mundial. No entanto, a redução nos preços do petróleo nesta segunda-feira ajudou a aliviar os temores imediatos e estimulou compras de ativos mais arriscados.

Investidores aguardam com expectativa a cúpula do G7, crucial para sinalizar avanços em acordos comerciais, especialmente antes do término da pausa temporária das tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Outro evento que atrai atenção é a decisão sobre taxas de juros do Federal Reserve na quarta-feira. O mercado já precifica com quase total certeza a manutenção das taxas, porém estará atento às declarações oficiais.

Maiores oscilações do pré-mercado da NYSE

As três maiores altas do pré-mercado na NYSE foram puxadas pela maior distribuidora de equipamentos de climatização e refrigeração da América do Norte Watsco Inc (NYSE:WSO), que subiu 15,66%. Logo depois vem a incorporadora imobiliária com foco na China e nos EUA Xinyuan Real Estate Co Ltd (NYSE:XIN), que avançou 10,89%. E a empresa de tecnologia blockchain, emissora da stablecoin USDC, Circle Internet Group Inc (NYSE:CRCL), que ganhou 10,62%.

As quedas mais acentuadas na NYSE ficavam por conta da seguradora e resseguradora especializada Global Indemnity Group LLC (NYSE:GBLI), que caiu 9,20%. Também recuou a prestadora de serviços industriais de manutenção Team Inc (NYSE:TISI), com perda de 6,85%. Por fim, a desenvolvedora de soluções de segurança cibernética VirnetX Holding Corp (NYSE:VHC) recuou 6,64%.

NYSE: Veja o ranking das ações negociadas diariamente na Bolsa de Valores de Nova Iorque: maiores altas, maiores baixas, maiores volumes negociados e maiores quantidades de negócios.

Maiores oscilações do pré-mercado da NASDAQ

As três maiores altas do pré-mercado da Nasdaq foram lideradas pela empresa de serviços sísmicos para o setor de energia Dawson Geophysical Company (NASDAQ:DWSN), que disparou 303,65%. Na sequência aparece a desenvolvedora de brinquedos e produtos de entretenimento SRM Entertainment Inc (NASDAQ:SRM), com alta de 280%. Em terceiro ficou a companhia de soluções digitais STAK Inc (NASDAQ:STAK), que avançou 99,49%.

As maiores quedas na Nasdaq foram registradas pela empresa de energia focada em soluções sustentáveis Robin Energy Ltd (NASDAQ:RBNE), que despencou 48%. Também recuou fortemente a biofarmacêutica especializada em terapias genéticas Sarepta Therapeutics Inc (NASDAQ:SRPT), com queda de 41,18%. Em seguida, a fabricante de equipamentos de conectividade e rede NETGEAR Inc (NASDAQ:NTGR) perdeu 19,84%.

NASDAQ: Veja o ranking das ações negociadas diariamente na Nasdaq: maiores altas, maiores baixas, maiores volumes negociados e maiores quantidades de negócios.

Destaques corporativos

Em verificação feita durante os últimos minutos do pré-mercado, as ações da US Steel (NYSE:X) subiam 5,0% após Donald Trump aprovar sua venda para a japonesa Nippon Steel, com um acordo de segurança nacional que inclui uma golden share para o governo dos EUA. A Nippon investirá US$ 11 bilhões em três anos e construirá uma nova siderúrgica após 2028, totalizando US$ 14 bilhões.

A Victoria’s Secret (NYSE:VSCO) subia 7,2% com a entrada do investidor ativista Barrington Capital, que pressiona por mudanças no conselho e uma reestruturação dos negócios.

A EchoStar (NASDAQ:SATS) saltava 44,3% depois que Trump pressionou a Comissão Federal de Comunicações (FCC) para resolver uma disputa de espectro, evitando uma possível recuperação judicial da empresa.

Já a Roku (NASDAQ:ROKU) avançava 8,7% após firmar uma parceria com a Amazon (NASDAQ:AMZN), oferecendo aos anunciantes acesso a 80 milhões de lares nos EUA por meio da TV conectada.

As ações da Amazon, Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Apple (NASDAQ:AAPL) e Microsoft (NASDAQ:MSFT) subiam 0,7%, 0,5%, 0,6% e 0,3%, respectivamente.

As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) avançavam 2,0%, acumulando alta semanal de 16% depois de terem subido 1,94% na sexta-feira, enquanto investidores aguardam o lançamento do robotáxi em 22 de junho. A Nvidia (NASDAQ:NVDA) subia 1,0%, com ganho mensal de 8,22%.

Ações da AMD (NASDAQ:AMD) subiam 2,6% após a Piper Sandler elevar seu preço-alvo. A Celsius (NASDAQ:CELH) ganhava 5,0%, após a TD Cowen elevar sua recomendação para “compra”, destacando a expansão da marca, da distribuição e da integração da Alani Nu.

No setor biofarmacêutico, as ações da Incyte (NASDAQ:INCY) subiam 5,5% após a divulgação de resultados positivos de dois estudos com seu anticorpo monoclonal INCA033989, que mostrou rápida e duradoura normalização das contagens de plaquetas em pacientes com neoplasias mieloproliferativas.

A Sage Therapeutics (NASDAQ:SAGE) saltava 33,4% após ser adquirida pela Supernus Pharmaceuticals (NASDAQ:SUPN) por US$ 12 por ação, totalizando US$ 795 milhões, incluindo pagamentos condicionais.

Por outro lado, Sarepta Therapeutics (NASDAQ:SRPT) despencava 40,0% após a morte de um segundo paciente que utilizava o Elevidys, levando à suspensão das remessas do tratamento.